"Estamos alarmados com a escalada das tensões" na região, afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, durante uma entrevista coletiva, acrescentando que Moscou "considera estes acontecimentos como atos terroristas destinados a desestabilizar a situação".
A Rússia "condena com firmeza as tentativas de envolver a Transnístria nos acontecimentos na Ucrânia", disse Zakharova, que fez um apelo a Tiraspol - a capital do território separatista - e a Chisinau para "uma busca construtiva de soluções".
Esta semana, vários incidentes abalaram a Transnístria, uma região apoiada por Moscou que se separou da Moldávia em 1992, após uma breve guerra. Desde então, cerca de 1.500 soldados russos se encontram estacionados ali para garantir a segurança.
Na segunda-feira (25), um prédio público em Tiraspol foi atacado com lança-foguetes, e uma rádio foi danificada por duas explosões no dia seguinte.
Na quarta (27), um povoado na fronteira com a Ucrânia, onde há um importante depósito de munições do Exército russo, foi alvo de disparos, segundo autoridades locais da Transnístria.
Em resposta a esses incidentes, a Moldávia anunciou medidas para reforçar sua segurança e pediu calma à população.
A Ucrânia acusou a Rússia, por sua vez, de querer "desestabilizar" a Transnístria para justificar uma intervenção militar.
MOSCOU