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Estado de Minas LVIV

Longe do front, ucranianos se mobilizam para ajudar soldados


17/04/2022 11:33

Em um armazém lotado em Lviv, no leste da Ucrânia, Roman Kolobochok está em uma missão para encontrar um telescópio para seu amigo, que está lutando na linha de frente.

Em meio a prateleiras cheias de doações de todo o mundo, o homem de 35 anos, que é membro dos escoteiros, está prestes a encomendar um dos Estados Unidos, graças a um site recomendado por seu amigo.

Antes da guerra, Kolobochok administrava o departamento de souvenirs de uma cadeia de restaurantes, mas também viajava com frequência para os Estados Unidos como mensageiro enquanto trabalhava para uma empresa de barriga de aluguel com sede na Ucrânia.

Em tempos de guerra, todos devem contribuir com o melhor de sua capacidade, diz ele. A sua, garante, é a engenhosidade.

Sendo assim, depois que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, ele perguntou a seus chefes se eles poderiam emprestar-lhe uma parte do armazém.

Junto com outros operadores de logística improvisados, ele agora classifica as mensagens de pedidos de ajuda que recebe de todo o país e move céus e terras para encontrar os itens solicitados.

Nas prateleiras estão sacos de dormir, barracas, mas também farinha, bebidas, luvas cirúrgicas e sabão. Em outra seção, a seção de medicamentos, uma geladeira armazena doses de insulina.

Nos últimos dias, voluntários enviaram ajuda humanitária e médica para Kiev, a capital, mas também para Kharkiv, no leste, e Mykolaiv, perto do Mar Negro, segundo Kolobochok.

Há uma demanda crescente por óculos de visão noturna, navegadores GPS e porções de comida para o exército, ao qual se juntaram mais de 50 escoeiros. Enquanto isso, as doações não param de chegar.

Em poucos dias, os voluntários também arrecadaram o suficiente para comprar um drone. "O mundo nos apoia", diz Kolobochok.

Em outro armazém de Lviv, Anastasia Sokhatska, 26, também escoteira, se move entre garrafas d'água, botas militares, bandeiras ucranianas, redes de camuflagem caseiras e motosserras para construir abrigos.

Quando os militares precisam de algo, ela arrecada fundos nas redes sociais ao lado de seus companheiros. Depois, coletam os suprimentos e garantem que eles sejam entregues.

"Preciso ajudar. Este é o meu país", afirma. Atrás dela, dois jovens enchem algumas malas. "Não posso ficar sem fazer nada", continua.

Ser mulher em tempos de guerra é uma vantagem, diz a jovem, que trabalhou no setor de TI antes da guerra. Você pode atravessar a fronteira polonesa próxima e retornar com seu carro carregado de doações.

Por outro lado, homens entre 18 e 60 anos estão proibidos de deixar o país, pois podem ser convocados para o serviço militar.


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