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Estado de Minas GENEBRA

ONU arrecada US$ 2,44 bilhões em ajuda ao Afeganistão, metade de sua meta


31/03/2022 15:29

A comunidade internacional se comprometeu, nesta quinta-feira (31), a fornecer 2,44 bilhões de dólares em ajuda humanitária para o Afeganistão, pouco mais da metade dos 4,4 bilhões que a ONU se propôs a arrecadar para enfrentar o fantasma da fome nesse país.

O anúncio foi feito por 41 países em uma conferência virtual de doadores organizada pelas Nações Unidas, Reino Unido, Alemanha e Catar.

"Sem ação imediata, enfrentaremos uma crise de fome e desnutrição no Afeganistão", alertou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, em seu discurso de abertura.

A conferência de doadores acontece uma semana depois do fechamento das escolas de Ensino Médio para mulheres por parte do regime Talibã, o que gerou indignação mundial, apesar da promessa do grupo de apresentar uma versão moderada de seu duro regime anterior que vigorou entre os anos de 1996 e 2001.

Os talibãs tomaram o poder no Afeganistão em 15 de agosto do ano passado, após a retirada apressada das tropas internacionais lideradas pelos Estados Unidos. A crise humanitária se agravou desde então.

A ONU, o Reino Unido, a Alemanha e o Catar, co-anfitriões da conferência virtual, condenaram o fechamento dos colégios femininos, mas insistiram que a comunidade internacional não deve abandonar o país, que tem 60% da população com necessidade de ajuda para subsistir.

Também pediram aos doadores que não caiam na armadilha de esquecer a crise no Afeganistão pela atenção que prestam à invasão russa à Ucrânia.

"A Ucrânia é de vital importância, mas o Afeganistão apela a nossas almas por compromisso e lealdade", declarou o coordenador humanitário da ONU, Martin Griffiths, ao discursar de Cabul.

A organização indicou que o Afeganistão está próximo de um colapso econômico: mais de 24 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

"Precisamos evitar o pior no Afeganistão, por isso pedimos aos doadores que sejam generosos", disse Griffiths.

O diplomata britânico afirmou que serviços básicos como saúde e educação estão "de joelhos", enquanto milhões de pessoas não têm acesso a empregos e muitos fazem empréstimos para sobreviver.

"E como se as coisas não pudessem piorar mais, o país sofre a pior seca em décadas", acrescentou.

Griffiths disse esperar que medidas como o fechamento dos colégios de Ensino Médio para mulheres sejam "revogadas em um futuro próximo".

O porta-voz do ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed Al Ansari, disse que os talibãs devem escutar do mundo muçulmano que "os ensinamentos do islã não marginalizam as mulheres".

"Entendemos a sensibilidade de fazer doações ao Afeganistão neste contexto, mas insistimos também na importância de não isolar o Afeganistão. Isso legitima as posturas radicais", declarou Ansari.


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