"A União Europeia insta as autoridades cubanas a libertar todos os presos políticos e pessoas presas por exercerem suas liberdades de reunião e expressão", disse o alto representante da UE, Josep Borrell, em comunicado.
O bloco "acompanha com grande preocupação" as sentenças de até 30 anos de prisão proferidas em Cuba aos participantes dos protestos de 11 e 12 de julho de 2021, quando mais de 1.400 pessoas foram presas e 790 acusadas, segundo o comunicado.
Na ocasião, milhares de pessoas saíram às ruas em mais de 50 cidades cubanas, gritando "Liberdade" e "Estamos com fome". Dezenas foram acusados de crimes de "sedição", "vandalismo" e "graves distúrbios na ordem pública".
A UE considerou as sentenças decididas pelos tribunais da ilha "desproporcionais" e enfatizou que "estes julgamentos suscitam importantes preocupações em relação aos princípios básicos e padrões internacionais de transparência e devido processo".
Além disso, o bloco europeu pediu às autoridades cubanas que "respeitem os direitos civis e políticos dos cubanos, incluindo liberdade de associação, liberdade de reunião e liberdade de expressão".
Também pediu "atenção às preocupações de seu povo e engajamento em um diálogo significativo e inclusivo em torno de suas demandas legítimas".
A UE, que mantém um diálogo político e de cooperação com a ilha sob o regime comunista, expressou sua disposição de "apoiar todos os esforços destinados a proteger, promover e aplicar os direitos humanos e as liberdades de todos os cubanos".
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BRUXELAS
União Europeia 'insiste' que Cuba libere todos os presos políticos
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