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Estado de Minas DUBAI

EUA enviará navio e aviões aos Emirados Árabes, que destruíram três drones 'hostis'


02/02/2022 19:10

Os Emirados Árabes Unidos (EAU) afirmaram ter destruído nesta quarta-feira (2) três drones em seu território, após o governo dos Estados Unidos informar que enviará um navio de guerra e aviões de combate para apoiar seu aliado no Golfo contra os rebeldes do Iêmen.

Os EAU, que integram a coalizão liderada pela Arábia Saudita que luta contra os rebeldes huthis do Iêmen há sete anos, anunciaram a "interceptação e destruição" de três drones "hostis" nesta quarta-feira, o quarto incidente semelhante em três semanas, no momento em que crescem as tensões com os rebeldes.

Embora o ataque desta quarta-feira não tenha sido reivindicado, aconteceu após outras agressões com mísseis e drones que os huthis afirmaram ter cometido no último ano e que resultaram na morte de três pessoas.

O envio dos equipamentos bélicos - sem uma data definida - servirá para "auxiliar os EAU contra a ameaça" e foi definido após uma conversa telefônica entre o secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, e o príncipe herdeiro dos Emirados, Mohamed bin Zayed Al Nahyan, informa um comunicado divulgado pela embaixada americana em Dubai.

O navio USS Cole, um destróier de mísseis guiados, trabalhará com a Marinha dos EAU e ficará baseado no porto de Abu Dhabi, segundo o comunicado.

O governo dos Estados Unidos também enviará caças de quinta geração, ao mesmo tempo que continuará a "fornecer informações de alerta antecipado", acrescentou.

- Um "sinal claro" -

Washington deseja que o envio dos equipamentos atue como "um sinal claro de que o governo dos Estados Unidos respalda os EAU como um sócio estratégico", destaca o comunicado.

Pouco depois de chegar ao poder em fevereiro de 2021, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, retirou seu apoio à coalizão liderada por Riade que atua no Iêmen, revertendo a política instituída por seu antecessor, o republicano Donald Trump, de fornecer ajuda logística.

No entanto, Washington continuou vendendo armas e aprovou em novembro a entrega de mísseis ar-ar por cerca de 650 milhões de dólares para a Arábia Saudita.

A venda de equipamentos militares dos EUA para os Emirados, aprovada nas últimas semanas do governo Trump e que inclui um lote de 50 caças F-35, por 23 bilhões de dólares, ainda está em negociação.

- "Determinação" -

A multiplicação de ataques dos rebeldes contra o rico Emirado do Golfo, conhecido como um oásis de paz no Oriente Médio, marca uma nova etapa na guerra no Iêmen, que começou em 2014, quando os huthis tomaram a capital, Sanaa.

Em janeiro, os EUA sofreram três ataques com mísseis. O primeiro deles, em 17 de janeiro, matou três trabalhadores do setor petroleiro.

O segundo ataque atingiu a base aérea Al Dhafra, onde estão as forças americanas, que utilizaram interceptores Patriot para derrubar os mísseis.

O terceiro ataque aconteceu na segunda-feira, quando os mísseis foram interceptados durante a visita do presidente de Israel, Isaac Herzog, aos EUA.

Nesse contexto, os Emirados Árabes Unidos alertaram que estão prontos para enfrentar "qualquer ameaça" e tomar todas as medidas necessárias "para proteger" seu território.

Esta semana, os rebeldes disseram que suas operações mostram sua "capacidade e determinação" para cumprir suas ameaças até que a agressão e o cerco realizado pelos EAU cessem.

No início de janeiro, os rebeldes sequestraram um navio dos EAU no Mar Vermelho, alegando que o este estava carregando armas, uma alegação negada pelos Emirados.

No mesmo mês, a coalizão liderada por Riade realizou vários bombardeios aéreos contra os huthis, em retaliação aos ataques contra os EAU.

Abu Dhabi pediu repetidamente a Washington que colocasse os huthis de volta na lista negra de terroristas, da qual foram removidos para facilitar o trabalho humanitário no país.

Ao longo dos mais de sete anos de conflito, todos os atos foram acusados de "crimes de guerra" pela ONU. A coalizão reconheceu "erros", mas acusou os rebeldes de usar civis como escudos humanos.

O conflito deixou 377.000 mortos, segundo a ONU, e deixou milhões de pessoas à beira da fome, no que é considerada a pior crise humanitária do mundo.

Os ataques rebeldes aumentaram as tensões no Golfo, no momento em que as negociações internacionais sobre o programa nuclear iraniano encontram dificuldades, o que eleva os preços do petróleo.


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