As universidades de Hong Kong estão entre as melhores da Ásia, mas se viram afetadas pela repressão da dissidência, por parte das autoridades locais e do governo chinês, após os violentos protestos pró-democracia de 2019.
O acadêmico Ryan Thoreson afirma ter sido contratado pela Universidade de Hong Kong (HKU), a mais antiga da cidade, para ensinar direito internacional dos direitos humanos como professor assistente, mas seu pedido de visto foi rejeitado.
O governo "não deu uma explicação. Simplesmente apareceu no site da imigração que meu pedido foi rejeitado", disse Thoreson à AFP.
Ele trabalha para a Human Rights Watch, ONG que critica repetidamente a China, também pela repressão em Hong Kong.
O professor, que deu os cursos a distância enquanto aguardava seu visto, observou que seu trabalho não era "particularmente crítico da China" e se concentrava, sobretudo, nos direitos LGBTQ dos jovens.
Nem as autoridades migratórias, nem a faculdade de direito de HKU responderam aos pedidos de comentários da AFP. Historicamente, a cidade não justifica a rejeição de um visto.
A ONG Human Rights Watch considerou a decisão como mais um golpe na reputação de Hong Kong como um centro de liberdade acadêmica.
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