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Estado de Minas WASHINGTON

Influente senador dos EUA pede a Biden que impeça expulsão de venezuelanos


01/02/2022 19:34

O influente senador dos Estados Unidos Bob Menéndez pediu ao presidente Joe Biden, um democrata como ele, que desse um fim à expulsão de migrantes venezuelanos, considerando "inconcebível" invocar razões de saúde pública para não processar os pedidos de asilo.

"Espero sinceramente que o presidente Biden corrija isso imediatamente e oriente o secretário (de Segurança Interna, Alejandro) Mayorkas e o secretário (de Estado, Antony) Blinken a abandonar essa política cruel e desumana", pediu Menéndez em comunicado.

Menéndez, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, questionou o governo Biden depois de saber que dois venezuelanos presos por entrar ilegalmente nos Estados Unidos pela fronteira com o México foram devolvidos à Colômbia, onde residiam anteriormente.

O Departamento de Segurança Interna (DHS) informou na segunda-feira que a decisão foi tomada após conversas com o governo colombiano, e que tais voos devem ocorrer "regularmente".

O DHS explicou que a expulsão foi feita em função do Título 42, uma disposição estabelecida durante a administração do republicano Donald Trump que permite a expulsão imediata de migrantes sem documentos, mesmo que sejam requerentes de asilo, devido à pandemia de covid-19.

"A Venezuela está sofrendo uma crise de refugiados como resultado de uma ditadura brutal e condições humanitárias alarmantes. O uso do Título 42 para expulsar refugiados venezuelanos para outros países é inconcebível e tem que acabar", declarou Menéndez.

O senador pediu ao governo Biden que cumpra seu compromisso inicial de "restaurar o processamento regular de pedidos de asilo".

Segundo a ONU, mais de seis milhões de venezuelanos deixaram seu país nos últimos anos fugindo de uma grave crise, que se agravou depois que Nicolás Maduro chegou ao poder em 2013. A Colômbia tem sido o principal país a acolher esses viajantes, com mais de 1,8 milhão de venezuelanos.

A embaixada venezuelana nos Estados Unidos, chefiada por um delegado do líder da oposição venezuelana Juan Guaidó, que Washington considera presidente interino por não reconhecer a reeleição de Maduro em 2018, fez um "apelo firme" para permitir que os migrantes venezuelanos apresentem seu pedido de asilo.

Ele também destacou que, de acordo com o escritório da ONU para refugiados, Acnur, "as expulsões sumárias e em massa de pessoas que estão sendo realizadas sob a autoridade do Título 42, sem examinar as necessidades de proteção, são incompatíveis com as normas internacionais".


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