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Estado de Minas PANAMÁ

Migração irregular para os EUA pela selva panamenha cai após recorde de 2021


01/02/2022 18:18

A migração irregular para os Estados Unidos pela selva entre o Panamá e a Colômbia diminuiu nos últimos meses, apesar do recorde alcançado em 2021, quando mais de 130.000 pessoas a atravessaram apesar dos perigos.

Em janeiro de 2022, houve "uma diminuição significativa" de migrantes irregulares que cruzaram a selva de Darién, em comparação com o ano anterior, declarou a ministra das Relações Exteriores do Panamá, Erika Mouynes, em entrevista coletiva nesta terça-feira (1º).

Segundo dados oficiais, mais de 133.000 migrantes irregulares, principalmente haitianos e cubanos, cruzaram o Darién em 2021, um número recorde superior aos 117.000 que fizeram a viagem entre 2010 e 2020.

O Panamá passou de uma entrada mensal de mais de 25.000 migrantes entre agosto e outubro de 2021 para 4.700 em janeiro, segundo dados oficiais.

"Em agosto passado, o pico de entrada em nosso país foi de 2.400 migrantes por dia, hoje temos uma média (diária) de 140 migrantes no último mês", detalhou Mouynes.

No entanto, "estamos otimistas, mas cautelosos, isso pode mudar da noite para o dia", acrescentou.

Mouynes apontou como causas da redução do fluxo migratório uma maior cooperação internacional e a troca de informações de inteligência que permitiu o desmantelamento de vários grupos criminosos dedicados ao tráfico de pessoas.

"O envolvimento dos Estados Unidos foi absolutamente fundamental nisso", disse a chanceler panamenha, sem dar mais detalhes.

O Ministro da Segurança, Juan Manuel Pino, destacou que no início do ano houve uma mudança na nacionalidade majoritária dos migrantes que atravessam o Darién.

"Agora a nacionalidade que está em ascensão é a venezuelana, seguida da haitiana", disse Pino.

A autoridade panamenha também destacou que "houve uma mudança nas rotas" utilizadas pelos migrantes.

A área de selva de 266 quilômetros de Darién, na fronteira entre Panamá e Colômbia, tornou-se um corredor para migrantes irregulares que, da América do Sul, tentam cruzar a América Central e o México a caminho dos Estados Unidos.

Por aquela selva virgem, de 575.000 hectares, e onde a vegetação densa às vezes impede ver o sol, os migrantes enfrentam múltiplos perigos, como animais selvagens, incluindo cobras venenosas, rios caudalosos e grupos criminosos.


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