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Estado de Minas LONDRES

Futuro de Boris Johnson em suspense devido a 'partygate'


01/02/2022 12:06

Um primeiro-ministro com os dias estão contados? Boris Johnson sobreviveu à publicação de um relatório na segunda-feira(31) sobre as festas de Downing Street durante os confinamentos, mas seu futuro agora depende de uma investigação policial que pode afastá-lo.

"Falhas de liderança", festas injustificadas, consumo excessivo de álcool inapropriado no local de trabalho... O líder conservador e seus assessores foram fortemente criticados em um relatório de 12 páginas da alta funcionária Sue Gray sobre comemorações natalinas, despedidas e aniversários realizados em 2020 e 2021, quando as regras anticovid os proibiam.

Mas apesar da dura chamada que forçou Johnson a fazer um mea culpa e o sujeitou a ataques de parlamentares, mesmo entre suas fileiras conservadoras, o primeiro-ministro foi poupado do pior por enquanto.

Apenas uma "versão" reduzida do relatório de Gray foi publicada para não comprometer uma investigação policial em andamento sobre 12 dos 16 encontros apurados.

Muitos pconservadores aguardam a divulgação do relatório completo ou as conclusões da Scotland Yard, o que pode levar várias semanas, antes de decidir seu destino.

Sua posição é provavelmente "segura para o futuro próximo", mas "ele não está mais no controle da situação", disse à AFP Simon Usherwood, professor de política da Open University.

Tal foi a turbulência nas fileiras parlamentares que Johnson se defendeu por uma hora e 45 minutos na segunda-feira. Ele precisou adiar uma ligação com o presidente russo Vladimir Putin antes de sua visita a Kiev nesta terça-feira.

As próximas semanas se anunciam turbulentas. A mídia especula que Johnson e sua esposa Carrie podem ser interrogados pela polícia e até multados.

A Scotland Yard está investigando uma comemoração no apartamento do casal em 13 de novembro de 2020 pela saída de Dominic Cummings, um poderoso conselheiro que desde então se tornou o arqui-inimigo do primeiro-ministro.

Para lançar uma moção de censura interna é necessário que 54 (dos 359) deputados conservadores a solicitem. Então, bastaria uma maioria simples para destituí-lo, abrindo uma disputa pela liderança da formação e direção do governo. Alguns já se manifestaram a favor da saída de Johnson.

Mas esse processo só pode acontecer uma vez a cada doze meses, levando os rebeldes a serem cautelosos. Até porque há poucos candidatos para suceder Johnson que possam atrair as classes trabalhadoras anteriormente pró-trabalhistas do norte da Inglaterra antes das eleições locais em maio.

Na tentativa de deixar o escândalo para trás e seduzir os rebeldes, o líder prometeu mudanças na gestão de Downing Street, ao mesmo tempo em que contempla a tomada de decisões que agradam às suas fileiras, como as relacionadas à aplicação do Brexit e ao custo de vida.


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