(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas VIENA

Irã interrompe produção em complexo nuclear de Karaj, segundo AIEA


31/01/2022 17:20

O Irã comunicou à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que cessou a produção em uma das instalações nucleares atacadas em junho, e decidiu transferi-la para outro lugar, informou nesta segunda-feira (31) a organização internacional.

O complexo de TESA em Karaj, situado próximo a Teerã, abrigava uma oficina de fabricação de componentes das centrífugas utilizadas para enriquecer urânio.

A República Islâmica afirmou em junho do ano passado que havia detectado uma operação de "sabotagem" no local, cuja responsabilidade atribuiu a Israel.

Por isso, a AIEA não foi autorizada a acessar o local para substituir seu material de vigilância que foi danificado no incidente. Apenas em dezembro do ano passado as partes chegaram a um acordo para a instalação de novas câmeras.

No entanto, o Irã optou por "um novo local em Isfahan", no centro do país, onde dispõe de um importante complexo nuclear, segundo uma declaração transmitida pela AIEA à imprensa após um relatório de seu diretor-geral, o diplomata argentino Rafael Grossi, aos Estados-membros.

A organização internacional, cujo papel é controlar o caráter pacífico do programa nuclear iraniano, assinalou que obteve permissão para "ajustar suas medidas de vigilância".

"Alguns dias depois, os inspetores da Agência aplicaram lacres em todas as máquinas relevantes na oficina de Karaj, as colocaram sob contenção e depois removeram as câmeras de vigilância instaladas", informou a AIEA, que instalou seu dispositivo em Isfahan antes do início da produção.

A mudança responde a uma "preocupação de segurança" após o ataque de 23 de junho de 2021, disse à AFP um diplomata europeu. O novo lugar está "melhor protegido", acrescentou.

O Irã acelerou suas atividades nucleares nos últimos anos em resposta à saída dos Estados Unidos, em 2018, do acordo internacional firmado três anos antes.

O pacto conhecido pela sigla JCPOA, assinado entre o Irã e o G5+1 (EUA, China, Rússia, França, Reino Unido, mais Alemanha), oferecia à República Islâmica um alívio drástico das sanções internacionais em troca da forte limitação de seu programa nuclear.

Após um longo hiato, as negociações para reativar o acordo foram retomadas no fim de novembro.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)