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Estado de Minas HASSAKE

Curdos anunciam fim do 'pente-fino' em prisão síria atacada pelo EI


30/01/2022 21:30

As Forças Democráticas Sírias (FDS), dominadas pelos curdos, anunciaram neste domingo (30) o fim da campanha das operações de rastreamento no presídio atacado pelo grupo Estado Islâmico (EI) em Hassaké (noroeste da Síria).

"Anunciamos o fim da campanha de rastreamento na prisão de Ghwayran, em Hassaké, e nos redutos onde combatentes do EI tinham se entrincheirado", situados na parte norte do centro de detenção, informaram as FDS em um comunicado.

Vanguarda da luta contra o EI na Síria, as FDS declararam na quarta-feira terem recuperado o controle da prisão após seis dias de intensos combates. Mas depois, combates esporádicos os opuseram aos jihadistas do EI, tanto dentro quanto na parte externa do presídio.

"Graças à coragem e à determinação das FDS, muitos dos quais pagaram com o sacrifício supremo, o EI fracassou em seu esforço de realizar uma fuga carcerária de grande escala para reconstituir suas fileiras", informou em nota Jake Sullivan, assessor de Segurança Nacional do presidente americano, Joe Biden.

As operações de pente-fino continuam, no entanto, nos bairros de Hassaké adjacentes à prisão, destacou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que dispõe de uma ampla rede de fontes na Síria.

Segundo esta ONG, vinte jihadistas se renderam na madrugada de sábado para domingo, e outros cinco morreram em combates dentro da prisão.

O OSDH informou que as FDS investigam as circunstâncias do ataque do EI, o mais importante desde sua derrota há três anos.

"Dezenas de presos do EI conseguiram fugir (...) nas primeiras horas do ataque", acrescentou a ONG.

Segundo o balanço estabelecido neste domingo pelo OSDH, o ataque à prisão e os combates posteriores deixaram 373 mortos, entre eles 268 jihadistas, 98 membros das forças curdas e sete civis.

O balanço anterior da organização era de 332 mortos.

O aumento no número de mortos se deve à descoberta de novos corpos de curdos e jihadistas durante as operações de rastreamento no presídio e em bairros próximos, de acordo com o OSDH.

No sábado, um jornalista da AFP viu um caminhão carregado com corpos em uma área próxima à prisão. Acredita-se que os cadáveres fossem de combatentes do EI.

Uma retroescavadeira pôs mais corpos no caminhão, que se dirigiu a uma localização desconhecida.

Farhad Shami, chefe de imprensa das FDS, disse à AFP que os corpos seriam sepultados em "áreas remotas", sob controle das formas.

A violência levou 45.000 pessoas a fugir de Hassaké, segundo a ONU. Muitas se refugiaram em casas de parentes, enquanto outras centenas se alojaram nas mesquitas e salões festas de casamento da cidade.

A guerra na Síria, que começou em 2011, deixou cerca de meio milhão de mortos e provocou o maior deslocamento de pessoas desde a Segunda Guerra Mundial.


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