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Estado de Minas IQUIQUE

Protestos no Chile contra imigrantes e criminalidade


30/01/2022 20:34

Aos gritos de "fora delinquentes" e ataques a um acampamento de venezuelanos, milhares de pessoas protestaram neste domingo (30) contra a insegurança crescente em Iquique, ao norte do Chile, aonde chegam, em massa, imigrantes em situação irregular.

"Não queremos mais imigrantes ilegais na nossa cidade", dizia uma das faixas exibidas na marcha, da qual participaram cerca de 4.000 pessoas, informou a polícia.

Os manifestantes levavam bandeiras chilenas e pretas, enquanto avançavam pelas ruas de Iquique, na região de Tarapacá, 1.800 km ao norte de Santiago, segundo imagens exibidas pela TV local.

A manifestação encontrou em seu caminho alguns estrangeiros, dando início a discussões acaloradas. Um venezuelano foi agredido por manifestantes, mas foi protegido pela polícia.

Quando o protesto se aproximava do fim, alguns manifestantes atacaram um acampamento de imigrantes venezuelanos, que não estavam no local.

A polícia dispersou os manifestantes e trabalhadores municipais levaram em caminhões as barracas de acampamento e os pertences deixados pelos estrangeiros.

Após os incidentes, "não temos detidos, pois não foram registrados distúrbios graves", afirmou Sergio Telchi, general dos Carabineiros de Tarapacá, em vídeo oficial da polícia.

O protesto ocorreu depois que sete venezuelanos agrediram na terça-feira dois policiais chilenos, que os fiscalizavam em Iquique. O incidente, divulgado nas redes sociais, motivou a manifestação deste domingo, enquanto se registra uma criminalidade crescente que os moradores atribuem ao fluxo de imigrantes.

Segundo dados da promotoria regional, em 2021 Iquique registrou um aumento de 183% nos homicídios, de 42% no tráfico de drogas, de 501% no tráfico de migrantes e de 18% nos roubos com violência e intimidação.

Iquique já tinha sido palco de protestos contra os imigrantes. Em 25 de setembro do ano passado, cerca de 3.000 pessoas tomaram as ruas da cidade e incendiaram barracas de imigrantes, entoando gritos xenofóbicos.

Desde o fim de 2019, aumentou consideravelmente a travessia de venezuelanos por passagens não habilitadas na fronteira entre Chile e Bolívia. A maioria chega a Iquique sem dinheiro e se instalou em praças e praias, enquanto outros conseguem chegar a Santiago.


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