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Estado de Minas VIENA

Pausa nas negociações nucleares com Irã; UE pede 'decisões políticas'


28/01/2022 16:28

Os negociadores para salvar o acordo sobre o programa nuclear iraniano em Viena fizeram uma pausa, anunciou nesta sexta-feira (28) a delegação da União Europeia (UE), pedindo às diferentes partes a tomar "decisões políticas".

Os diplomatas, reunidos sem interrupção durante várias semanas na capital austríaca, se despediram nesta sexta-feira.

"Os participantes voltam para suas capitais para consultas e instruções para retornarem na próxima semana. Agora precisamos de decisões políticas", tuitou o representante da UE, Enrique Mora, que supervisiona as conversações no Palácio Coburg, em Viena.

Após este período "intenso", "todos sabem que chegamos à fase final, que exige decisões políticas", concordaram os principais negociadores de França, Alemanha e Reino Unido.

O representante permanente da Rússia junto a organizações internacionais em Viena, Mikhail Ulianov, divulgou uma mensagem semelhante no Twitter, considerando que o processo está em "fase avançada".

- Conversas diretas? -

As negociações começaram em abril em Viena e foram retomadas no final de novembro após uma interrupção de cinco meses.

O acordo, concluído em 2015 entre Irã, de um lado, e Alemanha, China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia, de outro, estabelecia a suspensão das sanções internacionais contra a República Islâmica em troca de limitar seu programa nuclear.

Mas em 2018, os Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, se retiraram de forma unilateral e voltaram a impor sanções econômicas contra Teerã, que respondeu deixando de cumprir progressivamente seus compromissos no âmbito nuclear.

A chegada de Joe Biden à Casa Branca permitiu retomar as discussões. Os Estados Unidos participam de forma indireta sem terem se reunido até agora com os representantes iranianos. A UE e as outras partes são mediadores.

Na segunda-feira, o Irã considerou pela primeira vez negociar diretamente com Estados Unidos, que afirmaram rapidamente estar dispostos para essas discussões "urgentes".

- O tempo urge -

"Até onde sabemos, o Irã ainda não concordou", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, a repórteres na quinta-feira.

Washington insiste que o tempo está se esgotando, levando em consideração o avanço do programa nuclear de Teerã.

"Temos, acredito, poucas semanas para ver se podemos voltar reciprocamente a respeito do acordo", declarou em meados de janeiro o chefe da diplomacia americana Antony Blinken.

A França, por sua vez, estimou nesta sexta-feira que as negociações são "difíceis", mas podem ser concluídas com sucesso.

"Há vários indícios de que as negociações podem chegar a uma conclusão bem-sucedida", disse a presidência francesa. Embora, acrescentou, "ainda seja necessário esclarecer, obter compromissos de cada uma das partes" em alguns pontos, como as garantias de Washington de levantas sanções ou as modalidades de controle do programa nuclear de Teerã.

O presidente francês, Emmanuel Macron, poderia discutir o assunto com seu colega iraniano, Ebrahim Raisi, nos próximos dias, segundo fontes do Eliseu, a presidência francesa.

No início da semana, a própria República Islâmica fez alusão a "progressos que vão na direção certa", embora "permaneçam pendentes questões importantes" que exigem "decisões políticas" dos Estados Unidos.


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