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Estado de Minas SAN JOSÉ

Candidatos presidenciais de Costa Rica apostam no TikTok para convencer indecisos


28/01/2022 14:09

José María Figueres é um ex-presidente da Costa Rica que quer retornar ao cargo máximo do país centro-americano nas eleições de 6 de fevereiro e, para isso, recorreu ao TikTok como uma de suas ferramentas de campanha.

O candidato de 67 anos, do Partido Libertação Nacional (PLN, centro esquerda) e que governou o país de 1994 a 1998, abandonou sua zona de conforto e agora posta conteúdo na rede social mais popular entre os mais jovens.

Os vídeos publicados na plataforma quase não têm conteúdo político, mas mostram o candidato andando em uma moto esportiva, dançando rap e até defendendo um pênalti em uma partida de futebol. Tudo isso para tentar conquistar a simpatia dos 40,8% de indecisos, segundo a última pesquisa nacional do Centro de Pesquisa e Estudos Políticos da Universidade da Costa Rica (CIEP-UCR).

"O TikTok é uma revolução extraordinária para podermos nos expressar de forma espontânea e livre, e muitas vezes divertida, porque a vida precisa de mais sorrisos e felicidade", disse Figueres à AFP.

O candidato lidera a corrida presidencial com 15% de preferência, segundo a pesquisa do CIEP-UCR, seguido por Lisbeth Saborío, advogada de 61 anos do Partido Unidade Social Cristã (PUSC, centro direita), com 13,7%; e Fabrizio Alvarado, do Partido Nova República (PNR, direita), com 10,6%.

O ex-presidente disse à AFP que, antes destas eleições, nunca havia utilizado o TikTok. O aplicativo é originário da China e conta com 700 milhões de usuários, dos quais 35% têm entre 19 e 29 anos, segundo informa a própria rede social em seu site.

Ele, no entanto, não é o único a recorrer à essa rede social, já que a própria Saborío e outros postulantes, como Eli Feinzaig, do Partido Liberal Progressista (PLP, extrema direita), e María Villalta (Frente Ampla, esquerda), utilizaram a plataforma para postar conteúdos políticos e de entretenimento.

Contudo, para o analista político e de dados nas redes sociais, Esteban Mora, esses esforços no TikTok são inúteis e não vão fazer diferença entre os eleitores.

"Se olharmos para os dados, o grosso do eleitorado está acima de 34 anos, o que significa que investir no TikTok é um erro [...]. Eles não estão convencendo ninguém", opinou o especialista.

Segundo a legislação costarriquense, se nenhum dos candidatos obtiver 40% dos votos, haverá segundo turno em 3 de abril com os dois mais bem colocados.

Com 25 candidatos, dos quais apenas sete têm mais de 2% das intenções de voto e nenhum deles supera os 20%, o CIEP-UCR prevê que haverá segundo turno.


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