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Estado de Minas BUENOS AIRES

Argentina anuncia novo acordo com o FMI


28/01/2022 11:46

A Argentina chegou a um novo acordo de crédito com o Fundo Monetário Internacional (FMI), anunciou, nesta sexta-feira (28), o presidente Alberto Fernández, no mesmo dia que deve pagar mais de 700 milhões de dólares pelo primeiro vencimento deste ano de uma dívida de 44 bilhões.

"Quero anunciar que o governo da Argentina chegou a um acordo com o Fundo Monetário Internacional. Comparado aos anteriores que a Argentina assinou, este acordo não contempla restrições que atrasam nosso desenvolvimento", disse o presidente em um discurso gravado.

"Tínhamos uma dívida impagável que nos deixava sem presente nem futuro e agora temos um acordo razoável que nos permitirá crescer e cumprir nossas obrigações com nosso crescimento", disse o presidente de centro-esquerda.

O acordo deve aliviar o ônus dos vencimentos da dívida concentrada neste ano (cerca de 19 bilhões de dólares) e no próximo (mais 20 bilhões). Além disso, havia outro pagamento planejado em 2024 de mais de quatro bilhões.

"Esse entendimento pretende sustentar a recuperação econômica que já começou. Prevê que não haverá queda do gasto real e sim aumento do investimento em obras públicas por parte do governo nacional. Tampouco prevê saltos de desvalorização", acrescentou.

A Argentina prometeu reduzir seu déficit fiscal para 0,9% do Produto Interno Bruto em 2024, com metas de 1,9% em 2023 e 2,5% em 2022, informou o ministro da Economia, Martín Guzmán, em entrevista coletiva.

No ano passado, com crescimento econômico de 10%, o déficit foi de 3%.

O acordo também prevê um crescimento em 2022 de cinco bilhões de dólares em reservas internacionais, que atualmente somam pouco mais de 38 bilhões.

"Os regulamentos sobre a conta financeira continuarão", disse Guzmán. Na Argentina, o controle cambial está em vigor desde meados de 2019.

- 'Negociações difíceis' -

O governo Fernández iniciou formalmente suas negociações com o FMI em agosto de 2020. Ao longo das conversas, insistiu que o caminho para reduzir o déficit fiscal é o crescimento econômico e não a redução dos gastos públicos.

O acordo deve ser ratificado pelo Congresso. Além disso, Guzmán indicou que "ainda temos que trabalhar nos memorandos de entendimento e isso levará algumas semanas".

"As negociações foram realmente difíceis", disse o ministro. "Houve um trabalho político e técnico muito forte", disse.

O FMI concedeu à Argentina em 2018, durante o governo do liberal Mauricio Macri (2015-19), um empréstimo de 57 bilhões de dólares em meio a uma crise cambial, dos quais o país recebeu cerca de 44 bilhões, uma vez que Fernández renunciou às parcelas pendentes quando assumiu o cargo em dezembro de 2019.

Em 2020, após reestruturar cerca de 66 bilhões de dólares em dívidas com credores privados internacionais, o governo iniciou negociações com o FMI para substituir o acordo de stand-by de 2018 por um acordo de facilidade estendida que estendesse os prazos de pagamento.


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