"Declara-se procedente o requerimento da Promotoria", disse o juiz Romualdo Aguedo em uma audiência virtual, ao emitir a ordem para proibir a saída dos quatro diretores, incluindo o presidente da Repsol Peru, o espanhol Jaime Fernández-Cuesta Luca de Tena.
O vazamento de quase 6.000 barris de petróleo, classificado como "desastre ecológico" pelo governo, aconteceu no momento em que o navio-tanque "Mare Doricum", de bandeira italiana, descarregava o produto na refinaria La Pampilla em Ventanilla, 30 km ao norte de Lima, de propriedade da Repsol. A empresa atribuiu o acidente às ondas causadas pela erupção vulcânica em Tonga.
O petróleo foi levado pelas correntes marítimas a quase 140 km ao norte da refinaria, segundo o MP, e matou um número indeterminado de peixes e aves marinhas. Além disso, deixou centenas de pescadores sem a possibilidade de trabalhar e que organizaram protestos contra a empresa espanhola.
O navio está ancorado, com a proibição de zarpar, a seis milhas (10 quilômetros) do porto de Callao, próximo a Lima, enquanto centenas de brigadistas limpam o petróleo em várias praias.
O presidente da Repsol Perú será investigado como suposto "autor" do crime de "contaminação do meio ambiente em detrimento do Estado peruano", e os outros três diretores serão apontados como "cúmplices".
A lei peruana define penas de quatro a seis anos de prisão para este crime, disse a promotora Rosa Gonzales na audiência, que começou na quinta-feira e terminou nesta sexta-feira.
Os coacusados são os peruanos Renzo Alejandro Tejada Mackenzie (diretor do terminal marítimo 2 da refinaria La Pampilla), Gisela Cecilia Posadas Jhong (gerente de Qualidade e Meio Ambiente) e José Gregorio Reyes Ruiz (gerente de Segurança).
REPSOL
audima