Os grupos imobiliários chineses se encontram em grandes dificuldades, devido às medidas adotadas por Pequim em 2020 para sanear um setor cheio de dívidas e caracterizado pela especulação desenfreada por parte dos indivíduos.
Os maus resultados do peso pesado Evergrande, agora à beira da falência, arrefeceram os ânimos dos potenciais compradores. Este quadro atingiu o setor como um todo.
"Uma desaceleração mais profunda do que o previsto no setor imobiliário pode comportar um amplo leque de efeitos negativos na demanda mundial", avaliou o FMI em um relatório específico dedicado à conjuntura na China.
Os setores imobiliário e de construção são responsáveis por mais de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e constituem o motor de muitos outros. Têm desempenhado um papel importante na recuperação da economia nacional após o surgimento da pandemia da covid-19.
No pior cenário, que implicaria "uma desaceleração repentina e espetacular do crescimento da China, haveria repercussões mundiais" no comércio internacional e no preço das matérias-primas, alertou o FMI.
Com sede em Washington, a instituição reduziu na terça-feira (25) sua previsão de crescimento para a China, em 4,8% este ano, após um crescimento de 8,1% em 2021. Este percentual representa uma queda de 0,8 ponto em relação às estimativas de outubro.
"Embora o PIB [da China] recupere seu nível de antes da pandemia, o consumo continua muito abaixo", destacou o Fundo, mencionando "a incerteza prolongada pelo vírus e pela eficácia das vacinas" contra o coronavírus.
Logo que um caso aparece no país, a China mobiliza campanhas de testes em massa, restringe os deslocamentos e até ordena confinamento, quando o número de infecções é muito alto. Embora eficazes contra o vírus, algumas medidas tiveram um forte impacto na atividade econômica e no consumo.
China Evergrande Group
PEQUIM