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Estado de Minas NAÇÕES UNIDAS

Chefe da ONU pede a talibãs reconhecimento dos direitos das mulheres


26/01/2022 15:04

Os talibãs devem reconhecer "os direitos humanos básicos de mulheres e meninas", e a comunidade internacional deve liberar os fundos afegãos congelados para evitar que as famílias vendam seus bebês para comprar comida - declarou o secretário-geral da ONU, António Guterres, nesta quarta-feira (26).

"Pedimos aos talibãs que aproveitem este momento e conquistem a confiança e a boa vontade da comunidade internacional, reconhecendo - e defendendo - os direitos humanos fundamentais de todas as meninas e mulheres", afirmou Guterres, durante uma reunião do Conselho de Segurança.

"Estou profundamente preocupado com os relatos recentes de prisões arbitrárias e sequestros de ativistas" e "faço um enérgico apelo por sua libertação", acrescentou.

Guterres exortou "a comunidade internacional a reforçar seu apoio ao povo afegão", em particular, mediante a liberação de fundos congelados em Washington pelo Banco Mundial (BM) e pelos Estados Unidos, enquanto "o Afeganistão está no fio da navalha".

O organismo internacional deve "desbloquear urgentemente 1,2 bilhão de dólares" destinados à reconstrução do Afeganistão.

"Mais da metade dos afegãos enfrentam níveis extremos de fome", frisou, observando, em seguida, que "algumas famílias estão vendendo seus bebês para comprar comida".

O embaixador da China na ONU, Zhang Jun, mencionou a esse respeito o caso de uma mulher "que vendeu suas duas filhas e um rim" para alimentar sua família.

"É uma tragédia humana", denunciou, pedindo implicitamente aos Estados Unidos que suspendam "as sanções unilaterais" e trabalhem no congelamento de bens imposto ao Afeganistão.

A ONU continua a pedir "um relaxamento das sanções que impedem a plena prestação de serviços essenciais e que continuam a privar a economia afegã de liquidez", declarou, por sua vez, durante uma videoconferência com o Conselho, a enviada da ONU no Afeganistão, Débora Lyons.

"Devido à crise de liquidez e à incapacidade dos bancos de operar, estamos diante de uma situação extraordinária em que as pessoas têm dinheiro no banco, mas não têm acesso total a ele para alimentar suas famílias ou administrar seus negócios", acrescentou.

Presidida pelo primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Store, cujo país encabeça o Conselho de Segurança em janeiro, a sessão tem como objetivo esclarecer os contornos do mandato da missão política da ONU no Afeganistão, a qual expira em 17 de março.


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