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Estado de Minas MOSCOU

Rússia considera 'destrutiva' a ideia de sanções contra Putin


26/01/2022 11:38

A Rússia considerou, nesta quarta-feira (26), como "destrutiva" a ideia de sanções contra o presidente Vladimir Putin, mencionada pelo governo dos Estados Unidos em caso de invasão da Ucrânia, onde as autoridades acreditam a iniciativa improvável no momento porque não há tropas suficientes mobilizadas na fronteira.

As declarações foram divulgadas ao mesmo tempo que acontece uma reunião em Paris entre conselheiros diplomáticos dos presidentes russo, ucraniano, francês e do chanceler alemão.

A reunião no formato diplomático chamado de "Normandia", criado em 2015, tenta reduzir a crise após uma série de conversas entre russos e americanos na semana passada.

As tensões não param de aumentar há vários meses a respeito da Ucrânia. A Rússia é acusada de ter concentrado dezenas de milhares de soldados na fronteira em preparação a uma invasão.

Moscou exige garantias para sua segurança e não aceita uma eventual adesão de Kiev à Otan. Uma resposta escrita da Otan e de Washington às demandas russas será enviada ao Kremlin até o fim de semana, informaram à AFP fontes da Aliança Atlântica.

Uma autoridade europeia considerou algumas demandas de Moscou "inaceitáveis".

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou na terça-feira que poderia "considerar" sanções pessoais ao colega russo Vladimir Putin.

Se a Rússia "invadir todo país", ou "até muito menos" do que isso, terá "enormes consequências" e "mudará o mundo", afirmou o presidente americano, sem especificar quais sanções estariam sobre a mesa.

O Kremlin considerou "destrutiva" para as relações entre a Rússia e o Ocidente a ideia de impor sanções ao presidente Putin, em caso de invasão da Ucrânia.

"Do ponto de vista político, não é doloroso, é destrutivo", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa, advertindo que as medidas não terão o efeito desejado.

Embora Biden não tenha revelado detalhes sobre as eventuais sanções contra Putin, as sanções de Washington contra personalidades estrangeiras geralmente envolvem o congelamento de seus ativos e a proibição de fazer negócios nos Estados Unidos.

Peskov lembrou que a legislação russa proíbe, em princípio, autoridades de alto escalão do governo de terem ativos no exterior, motivo pelo qual tais medidas "não são, em absoluto, dolorosas" para eles.

- Manobras militares -

A Rússia intensificou nas últimas semanas as manobras militares, inclusive na fronteira com a Ucrânia, com exercícios iniciados na terça-feira que envolvem quase 6.000 homens, caças e bombardeiros no sul e na Crimeia, península ucraniana que Moscou anexou em 2014.

Antes, Moscou anunciou manobras navais no Atlântico, Ártico, Pacífico e Mediterrâneo, além de exercícios conjuntos com Belarus nas fronteiras com a União Europeia.

A Rússia também concentrou até 100.000 soldados nas fronteiras ucranianas.

Apesar de provocar um estado de alerta, o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, afirmou nesta quarta-feira que o número de tropas russas estacionadas em suas fronteiras ainda é "insuficiente" para que possam lançar um ataque de grande envergadura contra seu país.

O número "é importante, representa uma ameaça para a Ucrânia, mas, no momento em que falamos, este número é insuficiente para uma ofensiva em grande escala contra a Ucrânia ao longo de toda fronteira", declarou Kuleba em uma entrevista coletiva online.

- Papa Francisco pede paz -

"Por favor, nunca mais guerra!", implorou nesta quarta-feira o papa Francisco no Vaticano, após as crescentes tensões entre Estados Unidos e Rússia.

O governo dos Estados Unidos colocou na segunda-feira 8.500 soldados em alerta. Os militares poderiam ser adicionados à Força de Resposta Rápida da Otan de 40.000 militares. Mas a decisão de envio ainda não foi tomada.

A Otan anunciou que deixa suas forças em situação de espera, além de enviar barcos e e aviões de combate para reforçar suas defesas no leste da Europa. A Rússia considera as tropas da Aliança em sua vizinhança uma ameaça existencial.

Outra fonte de tensão é uma declaração do primeiro vice-presidente do Conselho da Federação, a Câmara Alta do Parlamento Russo.

Andrei Turshak pediu nesta quarta-feira que a Rússia entregue armas aos separatistas pró-Moscou do leste da Ucrânia e acusou as autoridades de Kiev de "preparar uma agressão militar" contra as regiões separatistas.


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