Autoridades australianas disseram que 23 casos de coronavírus foram detectados na tripulação do "HMAS Adelaide", que está transportando um carregamento de ajuda para Nuku'alofa, capital de Tonga.
A erupção de 15 de janeiro provocou um tsunami que alcançou grande parte do Pacífico e cobriu o arquipélago de cinza tóxica. Além disso, destruiu uma ilha desabitada com uma força explosiva maior do que de uma bomba nuclear.
A Austrália lidera os esforços de ajuda internacional, levando água e bens humanitários para este país de 100.000 pessoas.
Tonga é um dos poucos lugares do mundo livre do vírus, e o ministro australiano da Defesa, Peter Dutton, disse que não permitirá que o esforço de socorro ponha essa condição em risco.
O ministro disse que o navio permanecerá no mar, enquanto ele discute com as autoridades de Tonga a possibilidade de tentar uma entrega sem contato.
"Não vamos colocá-los em risco, mas, ao mesmo tempo, queremos entregar ajuda o mais rápido possível", disse Dutton à Sky News Australia.
Nova Zelândia, França, Japão e China também contribuíram para os esforços de socorro em Tonga.
Uma das partes mais atingidas foi a Ilha Mango, o território povoado mais próximo do vulcão Hunga Tonga Hunga Ha'apai, localizado 65 km ao norte de Nuku'alofa.
Kalisi Levani, de 81 anos, contou que a ilha tremeu, e o céu ficou preto enquanto ela ouvia "explosões como sons de tiros".
"Saímos correndo sem levar nada", acrescentou.
O líder comunitário, reverendo Kisina Toetu'u, disse que os ilhéus rezaram durante a noite enquanto as cinzas caíam como chuva.
"Foi na manhã seguinte que alguns homens desceram para procurar uma pessoa desaparecida e viram a devastação. Não havia mais nada", lembrou.
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