"Estamos preparados para nos reunirmos diretamente", afirmou um porta-voz do Departamento de Estado em resposta a Teerã, que mencionou pela primeira vez a possibilidade de conversar com Washington.
"Há muito tempo mantemos a posição de que seria mais produtivo tratar diretamente com o Irã, tanto nas negociações do JCPOA quanto em outras questões", observou o porta-voz, referindo-se ao acordo nuclear alcançado entre o Irã e as grandes potências.
O porta-voz disse que a reunião direta permitiria uma "comunicação mais eficiente", necessária para que se chegue a um entendimento sobre o que é preciso para retomar o acordo de 2015.
"Devido ao ritmo dos avanços nucleares do Irã, quase não temos tempo para chegar a uma solução sobre o retorno mútuo à plena implementação do JCPOA", disse ele.
Nesta segunda-feira, o Irã indicou que consideraria conversas diretas com os Estados Unidos durante as negociações em andamento em Viena com o objetivo de restaurar o pacto.
"Atualmente, o Irã não está falando diretamente com os Estados Unidos", afirmou o ministro iraniano das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian, na televisão.
"Porém, se durante o processo de negociação chegarmos a um ponto em que, para alcançar um bom acordo com garantias sólidas, seja necessário dialogar com os Estados Unidos, não o deixaremos de fora da nossa agenda de trabalho", acrescentou.
WASHINGTON