Jornal Estado de Minas

JERUSALÉM

Palestinos detidos durante demolição de suas casas em Jerusalém são soltos

Cinco membros de uma família palestina, cuja casa foi demolida pela polícia israelense em Jerusalém Oriental, após uma controversa ordem de expulsão, foram libertados nesta quinta-feira (20), anunciou seu advogado à AFP.



Foram detidos depois de terem tentado impedir a destruição de sua casa no bairro de Sheij Jarrá, transformado em símbolo da luta contra a colonização israelense em Jerusalém Oriental.

Walid Abu Tayeh, que representa a família Salhiya, confirmou que "os cinco membros da família detidos na quarta-feira, entre eles Mahmud Salhiya e seus filhos, foram libertados".

Estavam acusados de "não respeitar uma decisão da justiça" e de distúrbios contra a ordem pública, segundo a polícia.

A libertação dos cinco membros da família foi ordenada por um tribunal de Jerusalém, apesar do recurso da polícia e do governo.

Essa família estava ameaçada de expulsão desde 2017 e era alvo de uma campanha de apoio nos Territórios Palestinos e no exterior.

Em maio, manifestações de apoio a famílias palestinas ameaçadas de expulsão em Sheij Jarrá acabaram em confrontos com colonos e a polícia israelense.

Centenas de palestinos enfrentam ordens de expulsão de suas casas em Sheij Jarrá e outros bairros do leste de Jerusalém.

Mais de 300.000 palestinos e 210.000 israelenses vivem hoje em Jerusalém Oriental, esses últimos em colônias, consideradas ilegais segundo o direito internacional.

Israel considera toda a cidade de Jerusalém como sua capital, enquanto os palestinos querem fazer de Jerusalém Oriental a capital do Estado ao qual aspiram.



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