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Estado de Minas GENEBRA

2021 foi um dos sete anos mais quentes já registrados, diz ONU


19/01/2022 07:24

O ano de 2021 foi um dos sete mais quentes já registrados na história - anunciou a ONU nesta quarta-feira (19), observando que as temperaturas se mantiveram altas apesar do fenômeno climático La Niña, que as fez cair temporariamente.

Em comunicado, a Organização Meteorológica Mundial (OMM), vinculada à ONU, afirma ainda que "os sete anos mais quentes ocorreram todos a partir de 2015, e os três primeiros lugares da classificação correspondem a 2016, 2019 e 2020".

A organização destaca que, "pelo sétimo ano consecutivo, a temperatura mundial superou os níveis pré-industriais em mais de 1ºC".

"Os episódios de La Niña ocorridos de forma consecutiva fizeram, em comparação com os últimos anos, o aquecimento experimentado em 2021 ser relativamente menos pronunciado", disse o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.

"Ainda assim, 2021 foi mais quente do que os anos anteriores em que os efeitos de La Niña foram sentidos", acrescentou.

Isso mostra, reforçou, que "o aquecimento global de longo prazo fruto do aumento das concentrações de gases de efeito estufa é agora muito maior do que a variabilidade interanual das temperaturas médias mundiais causada pelos condicionantes climáticos de origem natural".

La Niña provoca uma queda na temperatura da água no centro e leste do Oceano Pacífico, que tem um impacto meteorológico em todo planeta.

Esse fenômeno, que tem o impacto contrário ao do El Niño, que causa um aquecimento global, costuma acontecer uma vez a cada dois a sete anos, mas ocorreu duas vezes desde 2020.

A OMM divulgou suas conclusões, ao consolidar os dados dos seis grandes bancos de dados internacionais, incluindo o monitor climático Copernicus, da União Europeia, e o Escritório Nacional de Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos. Ambos anunciaram resultados similares na semana passada.

- Perto do limite de Paris -

2021 também marcou o sétimo ano consecutivo em que a temperatura média do planeta ficou 1°C acima da registrada na era pré-industrial.

Isso implica que o planeta "está se aproximando do limite inferior do aumento de temperatura que o Acordo de Paris procura evitar", alertou a OMM.

O Acordo de Paris de 2015 estipula que se mantenha o aquecimento global "bem abaixo" de +2°C, em relação à era pré-industrial, e não superior a +1,5°C, se possível.

A OMM observa que essa série de sete anos de temperaturas recordes faz parte de uma tendência mais ampla.

"Desde a década de 1980, cada nova década tem sido mais quente do que a anterior, e se prevê que essa tendência vá continuar", alertou.

As bases de dados diferem na posição de 2021 entre os anos mais quentes. O observatório Copernicus afirma que é o quinto, o americano o situa como o sexto, e outros afirmam que é o sétimo.

"As diferenças mínimas entre esses conjuntos de dados indicam a margem de erro esperada para calcular a temperatura média mundial", explica a OMM.

Além de registrar recordes de temperatura, 2021 também foi marcado por fenômenos meteorológicos extremos ligados à mudança climática.

Entre eles, Taalas destacou "a temperatura recorde de quase 50°C registrada no Canadá, comparável aos valores observados no quente deserto saariano da Argélia; a excepcionalidade das precipitações e as inundações mortais que atingiram a Ásia e a Europa, assim como a seca que atingiu partes da África e da América do Sul.

"Os impactos da mudança climática e os perigos relacionados com o clima tiveram efeitos devastadores que alteraram a vida das comunidades em todos os continentes", completou Taalas.


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