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Estado de Minas BOGOTÁ

Íngrid Betancourt anuncia pré-candidatura presidencial 20 anos após sequestro


18/01/2022 16:08

A política colombo-francesa Íngrid Betancourt, que foi sequestrada por seis anos por guerrilheiros na selva, lançou sua pré-candidatura presidencial nesta terça-feira (18), 20 anos depois de ter sido feita refém.

Em conferência de imprensa, Betancourt anunciou que vai participar da consulta eleitoral da qual sairá o candidato de uma coligação de forças de centro.

"Vou trabalhar incansavelmente a partir deste momento, de sol a sol, para ser presidente", disse a líder do partido Verde Oxígeno (Oxigênio Verde).

Se vencer a consulta, ela disputará o primeiro turno presidencial em 29 de maio.

Betancourt, de 59 anos, que se estabeleceu no exterior após seu resgate em uma operação militar, relembrou seu sequestro há 20 anos nas mãos dos rebeldes das extintas Farc, quando fazia campanha para a presidência.

"Hoje estou aqui para terminar o que comecei com muitos de vocês em 2002. Com a convicção de que a Colômbia está pronta para mudar de rumo", disse o candidato.

Betancourt se apresentou como uma alternativa centrista à disputa entre a direita no poder e a esquerda liderada pelo ex-prefeito e ex-guerrilheiro Gustavo Petro, favorito nas pesquisas.

"Durante décadas só tivemos opções ruins: extrema direita, extrema esquerda. Agora é a hora de ter uma opção de centro", disse a candidata.

O combate à insegurança e à poluição ambiental foram apresentados como objetivos. "Acredito em um mundo com a visão de uma mulher", acrescentou.

Betancourt voltou à vida pública depois de apoiar o processo de paz com os guerrilheiros que a sequestraram em 2002.

A política foi levada para o interior da selva e lá ficou refém até 2008, quando o exército a resgatou junto com outros sequestrados.

A pré-candidata presidencial é uma das vítimas que aguarda "verdade, justiça e reparação" no âmbito das investigações realizadas pelo tribunal de paz formado após o acordo de 2016, que pôs fim a um conflito de mais de meio século com a guerrilha marxista.

Aqueles que confessarem seus crimes e repararem os afetados pela guerra poderão evitar a prisão, caso contrário correm o risco de serem condenados a penas de até 20 anos.


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