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Estado de Minas NAIRÓBI

Cruz Vermelha alerta para escassez de suprimentos médicos no norte da Etiópia


18/01/2022 12:58

Os médicos da região etíope do Tigré são obrigados a reciclar as luvas cirúrgicas e a usar sal para limpar as feridas devido à escassez de suprimentos médicos, informou o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR) nesta terça-feira (18).

O norte da Etiópia está há 14 meses assolado pelos combates entre rebeldes e forças pró-governo, que deixam milhares de mortos e milhões de deslocados.

Tigré, controlado pelos rebeldes, se encontra agora sob um "bloqueio de fato" que mergulhou a região em uma grave crise humanitária, segundo a ONU.

"No Tigré, o equipamento descartável, como as luvas, o material cirúrgico e drenos torácicos, são lavados e reutilizados, o que aumenta o risco de infecção", disse o coordenador de saúde do CICR para Etiópia, Apollo Barasa, em nota.

"Em alguns lugares, os médicos substituíram o desinfetante por sal para limpar as feridas. Os pacientes recebem medicamentos vencidos, as unidades de produção de oxigênio não funcionam mais e alguns centros de saúde já não podem fornecer as vacinas de rotina", acrescentou.

Na região vizinha de Amhara, os hospitais tiveram que fechar, disse o CICR, acrescentando que essas instalações não poderiam manter com vida os pacientes com doenças crônicas devido à falta de medicamentos, água ou eletricidade.

O CICR se mostrou "profundamente preocupado" com a escassez de suprimentos médicos e acrescentou que os médicos enfrentam decisões terríveis.

Na semana passada, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, nascido no Tigré, descreveu a situação na região como "infernal" e disse que o governo estava impedindo que os suprimentos de medicamentos chegassem à população.


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