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Estado de Minas ABU DHABI

Coalizão que combate rebeldes huthis do Iêmen contra-ataca após explosão nos Emirados


17/01/2022 18:47

A coalizão que combate os rebeldes no Iêmen anunciou nesta segunda-feira (17) à noite que realizou ataques aéreos contra Saná, capital iemenita controlada pelos huthis, após a explosão que deixou três mortos nos Emirados Árabes Unidos, membro desta aliança militar.

"Em resposta à ameaça e necessidade militar, começaram os ataques aéreos em Saná", anunciou a coalizão pelo Twitter a SPA, a agência oficial da Arábia Saudita, que lidera a aliança.

Os Emirados Árabes Unidos ameaçaram adotar represálias depois que um ataque realizado com um drone nesta segunda-feira, reivindicado pelos rebeldes huthis do Iêmen, atingiu instalações de fornecimento de petróleo de Abu Dhabi.

Os Emirados Árabes Unidos fazem parte da coalizão militar liderada pela Arábia Saudita, que apoia o governo iemenita contra os rebeldes huthis, que atacaram várias vezes a Arábia Saudita com drones.

Dois indianos e um paquistanês morreram após a explosão de caminhões-tanque em uma usina da empresa de petróleo ADNOC e um incêndio consumiu uma área de construção perto do aeroporto de Abu Dhabi.

O ataque foi reivindicado pelos insurgentes iemenitas.

"As forças armadas [dos houthis] realizaram uma operação militar qualitativa e bem-sucedida no âmbito de uma operação chamada 'Furacão do Iêmen'", informou Yahya Saree em comunicado divulgado por sua rede, Al Masira.

"Muitos locais e instalações importantes e sensíveis dos Emirados" foram alvejados com a ajuda de mísseis balísticos e drones, segundo o porta-voz.

"Avisamos as empresas estrangeiras, cidadãos e residentes [...] que devem ficar longe de locais e instalações vitais para sua própria segurança", completou Saree.

Mais cedo, a polícia dos Emirados informou que "pequenos objetos voadores" foram encontrados nos dois locais, sugerindo que os ataques foram deliberados.

Esses tipos de ações violentas não têm precedentes nos Emirados Árabes Unidos, um lugar conhecido por ser um oásis de paz na conturbada região do Oriente Médio.

"Condenamos o ataque de hoje da milícia terrorista dos huthis contra áreas civis e instalações no território dos Emirados Árabes Unidos (...), este ataque infame não ficará impune", declarou o ministro das Relações Exteriores, citado pela agência oficial de notícias WAM.

Os rebeldes iemenitas ameaçaram atacar Abu Dhabi e Dubai, duas joias do emirado que no ano passado inaugurou sua primeira usina nuclear.

- "Mensagem clara" -

Abdul Ilah Hajar, conselheiro do presidente do Conselho Político Supremo dos huthis, em Saná, também afirmou que o ataque foi uma advertência dos insurgentes.

"Enviamos uma mensagem clara de advertência ao atingir lugares que não são de grande importância estratégica", disse o responsável à AFP.

"Mas é uma advertência: se os Emirados Árabes Unidos persistirem em sua hostilidade com o Iêmen, no futuro não serão capazes de suportar os próximos ataques".

A Arábia Saudita, Bahrein, Catar e a Organização para a Cooperação Islâmica condenaram o ataque "terrorista". Oito drones huthis que apontavam para a Arábia Saudita também foram interceptados, informou a coalizão.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, a União Europeia, Iraque, França e Reino Unido condenaram o ataque rebelde iemenita.

Os Estados Unidos prometeram que "trabalharão com os Emirados Árabes Unidos e com [seus] parceiros internacionais para responsabilizar [os rebeldes houthis]".

Israel, que normalizou suas relações com os Emirados em 2020, condenou o ataque e pediu à comunidade internacional "que aja para impedir que o Irã e seus aliados prejudiquem a segurança regional".

A advertência dos huthis acontece duas semanas após os rebeldes apreenderam o barco "Rwabee", com bandeira dos Emirados, no porto de Hodeida, no oeste do Iêmen, alegando que transportava equipamento militar.

Abu Dhabi, que garante que o barco transportava equipamentos para um hospital iemenita, denunciou uma "escalada perigosa" no Mar Vermelho.

Os rebeldes rejeitaram um pedido do Conselho de Segurança da ONU para a liberação imediata do navio, dizendo que a embarcação "não estava carregando brinquedos para crianças, mas material militar para extremistas".

O conflito no Iêmen causou dezenas de milhares de mortos e o êxodo e outras consequências indiretas da guerra deixaram muitos civis à beira da fome, uma crise que, segundo a ONU, é a pior catástrofe humanitária do mundo.


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