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Estado de Minas WASHINGTON

Rhodes, o líder da extrema direita que planejou o ataque ao Capitólio


14/01/2022 22:51

Stewart Rhodes, o bacharel em direito que usa tapa-olho e acusado de sedição pelo ataque ao Capitólio, passou anos se preparando para lutar contra um governo que ele vê como cada vez mais repressivo e estava disposto a travar "uma guerra civil".

Rhodes, de 56 anos, é considerado o líder do grupo de extrema direita Oath Keepers, que liderou o ataque ao Capitólio por partidários do ex-presidente Donald Trump, estocando armas para uma insurreição armada.

Na acusação, o Departamento de Justiça detalha conversas criptografadas nas quais Rhodes insta os membros do Oath Keepers a se prepararem para uma revolução depois que Trump foi derrotado pelo democrata Joe Biden nas eleições de novembro de 2020.

"Não vamos passar por isso sem uma guerra civil", escreveu. Mesmo que Biden se torne presidente, "será uma luta sangrenta e desesperada... Isso não pode ser evitado".

Rhodes, acusado de sedição junto com outros dez membros do Oath Keepers, previu esse destino desde que fundou o grupo em 2009, sob o pretexto de que o governo federal estava invadindo cada vez mais os direitos dos cidadãos.

- De Yale à conspiração -

Elmer Stewart Rhodes nasceu em 1966 e pouco se sabe sobre sua criação, exceto que ele cresceu no sudoeste americano.

Ele se alistou no exército depois do ensino médio, mas foi dispensado cedo devido a uma lesão sofrida durante um exercício de paraquedismo.

Sua ex-mulher Tasha Adams Rhodes, com quem teve seis filhos, diz que se conheceram quando ele trabalhava como manobrista e ela ensinava dança em Las Vegas.

Ele também trabalhou como instrutor de armas de fogo e perdeu um olho quando foi atingido por uma arma que caiu de suas mãos. Em 1998, formou-se em uma universidade local e foi aceito na faculdade de Direito de Yale, uma das mais prestigiadas do país.

Rhodes, então, montou um escritório de advocacia em Montana, onde desenvolveu a ideia do Oath Keepers, um dos grupos "patriotas" de direita que surgiram nas últimas duas décadas.

Seu lema: estar preparado para lutar contra um governo que se torna muito repressivo e impõe restrições ao porte de armas.

A Liga Antidifamação afirma que a lista de princípios de Rhodes, que prevê que o governo se tornará profundamente autoritário, "revela sua mentalidade de conspiração extrema".

- Um talento -

Rhodes escreveu um blog sobre política e a suposta ameaça da esquerda americana, que despertou o interesse de muitos homens brancos com experiência militar e policial e atraiu milhares de apoiadores.

"Ele acabou tendo talento para tornar ideias marginais mais atraentes", escreveu Mike Griglio sobre Rhodes na revista The Atlantic.

A esposa de Rhodes afirmou que ele é um sociopata narcisista. "Ele se vê como uma grande figura muito reverenciada na história. Seus seguidores o chamam de o próximo George Washington", revelou.

À medida que o grupo crescia, Rhodes participava de comícios republicanos e mobilizava membros dos Oath Keepers, armados e em trajes de combate, para "manter a paz" durante manifestações e durante distúrbios sociais, como os de Ferguson em 2014, depois que a polícia atirou em um homem negro.

Embora costumem ser antigovernamentais, Rhodes e o Oath Keepers apoiaram Trump quando o republicano concorreu à Presidência. O líder do grupo frequentemente aparecia no programa InfoWars de Alex Jones, uma personalidade da extrema direita americana, e foi um convidado especial em um comício de Trump em 2019.

- Armazenar armas -

De acordo com o Departamento de Justiça, o grupo ecoou a afirmação de Trump de que a vitória eleitoral de Biden em novembro de 2020 era ilegítima.

Rhodes instou Trump a declarar emergência nacional e lei marcial e começou a planejar a insurreição de 6 de janeiro no Capitólio.

Eles treinaram para uma "guerra não convencional".

Se Biden se tornar presidente, "teremos que fazer uma revolução massiva e sangrenta", disse Rhodes aos seguidores duas semanas antes dos distúrbios.

A acusação documentou que Rhodes gastou dezenas de milhares de dólares em armas, munições e outros equipamentos antes do ataque.

O grupo armazenou as armas de "força de reação rápida" em hotéis nos arredores da cidade para mobilizá-las quando recebessem a ordem.

Ele sequer escondia o plano. "Já temos homens estacionados fora de D.C. (Washington) como uma opção nuclear. Caso tentem destituir o presidente ilegalmente, vamos impedir", revelou ao InfoWars.

"Estaremos dentro de D.C., também estaremos fora de D.C., armados, prontos para entrar se o presidente nos chamar".


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