Em sua decisão, o juiz distrital Matthew W. Brann conclui que Lawrence Delloye Betancourt tem direito a "indenização por danos de 12 milhões de dólares, mais honorários advocatícios". O total sobe para 36 milhões de dólares.
O filho da então candidata à presidência da Colômbia entrou com uma ação em um tribunal americano em 28 de junho de 2018 contra 14 membros de alto escalão das Farc, que decidiram e participaram do sequestro de Betancourt, causando-lhe "angústia emocional significativa".
Nos três anos e meio que durou o julgamento, nenhum deles compareceu ao tribunal.
Nesse processo, Lawrence Delloye alegou que as Farc, e especificamente vários de seus membros, violaram a Lei Antiterrorista (ATA) dos Estados Unidos, que contempla o julgamento de atos dessa natureza perpetrados em outras partes do mundo, ao sequestrar e torturar Betancourt.
"Embora nenhuma quantia possa substituir o tempo em que Lawrence Delloye foi privado de sua mãe ou curar o trauma que sofreu nas mãos das Farc, estamos orgulhosos de ter ajudado a alcançar alguma justiça", disse o advogado de defesa Robert E. Levy, em um comunicado.
As Farc sequestraram Ingrid Betancourt em 2002, quando fazia campanha para a presidência da Colômbia. Na época, Lawrence, um dos dois filhos que teve com o diplomata francês Fabrice Delloye, tinha 12 anos.
Betancourt foi libertada, juntamente com outros 14 reféns, em uma operação espetacular das forças armadas colombianas, chamada "Check", em 2 de julho de 2008.
Em 24 de novembro de 2016, as Farc e o governo colombiano assinaram um acordo de paz para encerrar o conflito armado que durou mais de meio século.
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