O ministro para o Asilo e a Migração, Sammy Mahdi, confirmou a informação a legisladores belgas e, embora não tenha informado a data da expulsão, acrescentou que o religioso, Mohamed Toujgani, não estava "atualmente em território belga".
O caso tinha sido revelado pela emissora flamenca de televisão VRT.
"Este homem foi provavelmente o pregador mais influente da Bélgica", disse Mahdi, acrescentando que a proibição de permanência por "extremismo" tem validade de dez anos.
Segundo o gabinete do ministro Mahdi, formalmente o cancelamento da permissão de residência foi aprovada em 12 de outubro de 2021.
Toujgani pregou até o ano passado na mesquita Al Jalil, no bairro de Molenbeek, donde se reúne uma das maiores comunidades muçulmanas da Bélgica.
Segundo o gabinete de Mahdi, Toujgani já era considerado "uma figura controversa há tempos, e em 2009 fez um chamado a queimar judeus".
O vídeo com o chamado ficou conhecido em 2019 e a VRT afirmou que naquele momento o imã pediu desculpas pelas agressões, alegando que foi um "deslize" relacionado com a guerra travada por Israel contra os palestinos na Faixa de Gaza.
Toujgani também era líder da Liga de Imãs Marroquinos na Bélgica e foi monitorado pela Segurança de Estado, o serviço de Inteligência belga.
Mahdi explicou nesta quinta-feira ter decidido a proibição há três meses "com base em informação dos serviços de segurança" e "devido a sinais de um grave perigo para a segurança nacional".
"Não toleramos quem divide e ameaça nossa segurança nacional", insistiu o ministro.
As autoridades belgas reforçaram a vigilância das atividades religiosas em Molenbeek desde os ataques terroristas em Paris e Bruxelas em 2015 e 2016.
Planejados pelo grupo radical Estado Islâmico, os ataques foram organizados e executados por residentes na Bélgica, incluindo vários deste pequeno distrito da capital.
BRUXELAS