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Estado de Minas CABUL

Respeitado professor crítico do Talibã é preso em Cabul


09/01/2022 16:27

Um respeitado professor universitário, conhecido por suas críticas virulentas ao regime talibã, foi detido em Cabul, relatou no domingo (9) sua filha, que disse temer por "sua saúde e segurança".

Faizullah Jalal, professor de Direito e Ciências Políticas na Universidade de Cabul, foi detido por talibãs no sábado e desde então, não tiveram mais notícias suas. Nos últimos meses, ele havia levantado sua voz na televisão contra os novos governantes do Afeganistão.

O porta-voz do executivo Talibã, Zabihullah Mujahid, justificou no Twitter a prisão de Jalal por suas postagens nas redes sociais, nas quais ele "tentou colocar as pessoas contra o sistema".

"Ele foi detido para evitar que outros fizessem comentários insensatos semelhantes, sob o pretexto de ser professor ou professor universitário", acrescentou, postando imagens das mensagens em questão.

A filha de Faizullah Jalal, Hasina, uma estudante da Universidade de Georgetown em Washington, no entanto, afirmou que essas mensagens vieram de um relato falso que a família tentou encerrar nas últimas semanas.

"Os talibãs estão simplesmente usando essas publicações como desculpa para silenciar uma voz forte em todo o país", disse ela à AFP por telefone, acrescentando que não teve nenhum contato com seu pai desde sua prisão.

"Estamos muito preocupados com a sua saúde e segurança", indicou.

Faizullah Jalal, que também criticou o governo anterior apoiado pelos Estados Unidos, se tornou notável durante um debate televisionado com um oficial talibã que ele chamou de "bezerro", um insulto muito sério no Afeganistão.

Trechos desse debate se tornaram virais no país.

Jalal foi preso na década de 1980, depois que a União Soviética invadiu o país, e também foi detido várias vezes durante o primeiro mandato do Talibã, entre 1996 e 2001, segundo sua filha.

Sua esposa, Masuda Jalal, foi a primeira mulher a se candidatas às eleições presidenciais no Afeganistão em 2004.

No domingo, um pequeno grupo de mulheres protestou em Cabul exigindo sua libertação e respeito pela liberdade de expressão. A ONG Anistia Internacional também exigiu que ele seja posto em liberdade.

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