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Estado de Minas SANTIAGO

Epidemiologista María Elisa Quinteros é nova presidente da Convenção Constitucional do Chile


05/01/2022 18:46

A epidemiologista María Elisa Quinteros foi eleita nesta quarta-feira (5) a nova presidente da Convenção Constitucional do Chile, encarregada de redigir uma nova Carta Magna para substituir a atual, herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

Após dois dias de sessão e nove turnos de votação - os primeiros oito da manhã de terça-feira até a madrugada de quarta-feira -, Quinteros, representante do distrito 17, no centro-sul do país, conseguiu exatamente os 78 votos necessários para substituir no cargo a linguista mapuche Elisa Loncon, que inaugurou a Convenção em 4 de julho.

"Esperamos poder conduzir esse processo com sabedoria", disse a presidente eleita do órgão constituinte após assumir o posto.

Dentista formada pela Universidade de Talca e doutora em Saúde Pública pela Universidade do Chile, ela é acadêmica na Universidade de Talca e trabalha desde 2015 como epidemiologista ambiental, perinatal e reprodutiva.

Quinteros atraiu o apoio de uma maioria de independentes como ela, de diferentes movimentos cidadãos, representantes indígenas e convencionais do Partido Comunista.

Ela substituirá Loncon na presidência, que junto com o advogado constitucionalista Jaime Bassa como vice-presidente, liderou os primeiros seis meses de funcionamento da Convenção.

A Convenção tem nove meses - prorrogáveis apenas uma vez por mais três - para redigir o novo texto, que deverá ser validado em plebiscito de votação obrigatória a ser convocado pelo governo do presidente eleito, o esquerdista Gabriel Boric, que assumirá a presidência em 11 de março.

Os 155 constituintes foram eleitos nos dias 15 e 16 de maio do ano passado, de forma paritária e com a inclusão de 17 cadeiras reservadas aos povos originários.

A redação da nova Constituição surgiu como uma solução institucional para os protestos sociais que eclodiram em todo o Chile desde 18 de outubro de 2019, que apontavam a atual Carta Magna como a origem da desigualdade no país.

A Constituição do Chile em vigor foi criada em 1980 durante a ditadura de Pinochet e estabeleceu um modelo neoliberal que, embora tenha garantido um desenvolvimento econômico e social por mais de três décadas, aprofundou as diferenças entre ricos e pobres no país.


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