"Os corpos dos mortos foram transferidos para a Cidade da Guatemala em um avião Casa C-295 da Força Aérea Mexicana e entregues a funcionários do Ministério das Relações Exteriores daquele país", disse o governo do México em nota.
O avião militar mexicano chegou à base da Força Aérea da Guatemala no sul da capital do país centro-americano, onde os caixões com os corpos foram recebidos por parentes, funcionários da chancelaria, da imigração local e da embaixada mexicana, observou a equipe da AFP.
Os mortos repatriados são 15 homens adultos, a maioria de áreas indígenas do oeste do país, segundo dados da chancelaria.
Em 9 de dezembro, um trailer que transportava ilegalmente cerca de 160 migrantes colidiu com uma ponte enquanto viajava ao longo de uma rodovia em Chiapas, supostamente em alta velocidade.
O acidente resultou na morte de 56 migrantes e mais de cem ficaram feridos. A maioria das vítimas é da Guatemala.
"As autoridades forenses (...) conseguiram até agora, e com o apoio dos governos dos países de origem dos falecidos, a identificação de 50 pessoas", disse o comunicado do México, detalhando que são 37 da Guatemala, 11 da República Dominicana, um de El Salvador e um do Equador.
Chiapas, na fronteira com a Guatemala, é o principal ponto de entrada no México para migrantes sem documentos, que são transportados em condições desumanas nesses caminhões para o norte do país por traficantes de seres humanos.
A tragédia aconteceu depois que um polêmico programa dos Estados Unidos foi reativado, o que obriga os migrantes a esperar no México por uma resposta aos seus pedidos de asilo.
Mais de 190.000 pessoas sem documentos foram detectadas no México entre janeiro e setembro, o triplo do número em 2020. Cerca de 74.300 foram deportados.
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