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Estado de Minas PARIS

'Tsunami' de casos de covid-19 por ômicron pressiona sistemas de saúde, alerta OMS


29/12/2021 19:14 - atualizado 29/12/2021 19:19

O 'tsunami' de contágios pela variante ômicron da covid-19 nos últimos sete dias aumenta a pressão sobre os sistemas de saúde, que estão "à beira do colapso", alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira (29).

O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, voltou a soar o alarme: "Estou extremamente preocupado que a ômicron, sendo mais transmissível e circulando ao mesmo tempo que a delta, esteja causando um tsunami de casos. Isso está se configurando e vai continuar colocando imensa pressão sobre os profissionais de saúde e os sistemas de saúde estão à beira do colapso", disse ele em entrevista coletiva.

Com 935.863 novos casos por dia em média na última semana, segundo o balanço da AFP elaborado com base em informações oficiais, o vírus circula, atualmente, a uma velocidade sem precedentes.

O número é consideravelmente maior que o recorde anterior, registrado entre 23 e 29 de abril, com 817.000 casos diários em média, e representa uma alta de 37% na comparação com a semana antecedente.

"O risco global relacionado com a nova variante de preocupação ômicron permanece muito elevado", alertou a OMS em seu relatório epidemiológico semanal.

A maioria das novas infecções foi registrada na Europa, onde vários países anunciaram novos recordes históricos na terça-feira.

- Novos recordes de casos -

Na França, 208.000 novos casos de covid-19 foram registrados nas últimas 24 horas, não muito atrás dos Estados Unidos, onde na terça-feira foi registrada uma média semanal recorde de 265.427 casos diários, de acordo com a Universidade Johns Hopkins.

No Reino Unido, foram registrados mais de 183.000 casos novos e mais de 10.000 pessoas estão hospitalizadas por covid-19, um recorde desde março.

Mas o país do mundo com mais casos novos em relação à sua população é a Dinamarca: superou nesta quarta-feira seu recorde absoluto ao registrar 23.228 novas infecções.

A Espanha também é vítima de um número de contágios sem precedentes: 100.760 novos casos nas últimas 24 horas. O recorde anterior era de meados de janeiro, quando havia cerca de 40.000 casos diários. O governo acaba de impor uma redução de público em recintos esportivos.

O aumento de contágios chegou à América Latina e ao Caribe, onde a epidemia parecia estar em retrocesso há algumas semanas. No momento, os contágios se aceleram na região, que acumula 47 milhões de infecções e quase 1,6 milhão de mortes.

A Argentina registrou um recorde de contágios diários, ao somar 42.032 casos e 26 mortes, superando os 41.020 contabilizados em 27 de maio. Naquele dia, porém, morreram 551 pessoas.

Na Colômbia, o governo alertou nesta quarta-feira que o país enfrenta um novo pico da pandemia e, na Bolívia, foi registrado um recorde histórico de 4.934 contágios diários.

Para tentar reduzir o aumento de casos, o gabinete do prefeito da capital do México cancelou as grandes comemorações de fim de ano. E, no Peru, as praias e piscinas públicas foram fechadas em 31 de dezembro e 1º de janeiro para evitar aglomerações.

- Redução de quarentenas -

Para tentar minimizar o impacto social e econômico do aumento de contágios, os governos buscam um equilíbrio.

Na Bélgica, o governo anunciou que estava revertendo sua decisão de fechar teatros, cinemas e salas de concerto, após ser anulada pelos tribunais na terça-feira e depois de ser alvo de fortes protestos na capital.

Na China, as autoridades admitiram que estão tendo problemas para garantir o abastecimento de alimentos aos moradores de Xi'an, cidade que está confinada há uma semana, devido ao "baixo número de trabalhadores e às dificuldades de logística e distribuição".

O governo espanhol anunciou que na segunda-feira vai reduzir a quarentena de dez para sete dias para pessoas infectadas pela necessidade de encontrar um equilíbrio entre "saúde pública" e "crescimento econômico", declarou o presidente Pedro Sánchez.

Estados Unidos e Argentina adotaram a mesma medida. "A preocupação não é tanto o sistema de saúde, como era antes, mas sim o impacto econômico dos confinamentos", declarou Carla Vizzotti, ministra da Saúde argentina.

A OMS declarou nesta quarta-feira que a redução do período de confinamento para as pessoas infectadas era um compromisso entre controlar a propagação do vírus e manter as economias à tona.

Na França, o governo não se manifestou imediatamente sobre a quarentena, mas ordenou que as empresas impusessem pelo menos três dias de teletrabalho por semana aos funcionários. Além disso, a partir de sexta-feira, o uso da máscara será obrigatório ao ar livre em Paris.

A pandemia de covid-19 provocou mais de 5,4 milhões de mortes no mundo desde dezembro de 2019, segundo um balanço da AFP com base em fontes oficiais. A OMS acredita, no entanto, que o número real pode ser entre duas e três vezes superior a este total.


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