Jornal Estado de Minas

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Coreia do Sul indulta ex-presidente Park, condenada por corrupção

O governo sul-coreano indultou a ex-presidente e ex-rival política Park Geun-hye, condenada a mais de 20 anos de prisão por um grande escândalo de corrupção, informou o ministro da Justiça, Park Beom-kye, nesta sexta-feira (24).



A ex-presidente sul-coreana estava em uma lista de pessoas beneficiadas por uma anistia especial e foi perdoada "de uma perspectiva de unidade nacional", disse Park Beom-kye a repórteres.

Filha do militar e ex-ditador Park Chung-hee, Park Geun-hye se tornou a primeira mulher a liderar o país em 2013, apresentando-se ao eleitorado como a filha modelo da nação, incorruptível e independente.

Porém, menos de quatro anos após ser eleita, no final de 2016, ela foi destituída do cargo pelo parlamento sul-coreano após um escândalo de corrupção que gerou fortes protestos nas ruas.

A ex-política de 69 anos cumpria pena de 20 anos de prisão por aceitar suborno e por abuso de poder e outros dois anos por violar a lei eleitoral.

O escândalo expôs as ligações obscuras entre as grandes empresas e a política na Coreia do Sul. Park e sua amiga Choi Soon-sil foram acusadas de aceitar sociedades de grandes conglomerados, incluindo da gigante Samsung, em troca de tratamento preferencial.

A raiva contra Park e seu partido conservador favoreceu a chegada ao poder do presidente Moon Jae-in, com posições mais esquerdistas.

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