O júri de 12 pessoas irá deliberar novamente na próxima segunda-feira sobre o destino de Maxwell, filha do ex-magnata da imprensa britânica Robert Maxwell, acusada de recrutar e preparar meninas para serem abusadas pelo falecido milionário Jeffrey Epstein.
Maxwell pode ser condenada a 80 anos de prisão se for declarada culpada por acusações que incluem conspiração para cometer tráfico sexual de menores, o que por si só acarreta pena máxima de 40 anos.
O júri deve chegar a uma decisão unânime em cada uma das seis acusações que Maxwell enfrenta, caso contrário o juiz poderá anular o julgamento.
As acusações datam dos anos de 1994 a 2004. Duas das supostas vítimas dizem que tinham 14 anos quando Maxwell começou a prepará-las e convencê-las a fazer massagens em Epstein, atos que terminavam em sexo.
Durante o julgamento, a promotoria apresentou Maxwell como uma "predadora sofisticada que sabia exatamente o que estava fazendo".
"Epstein gostava de garotas menores de idade, gostava de tocar em garotas menores de idade. Maxwell sabia disso" e foi "sua parceira nesse crime", denunciou a promotora Alison Moe, lembrando que três das quatro vítimas garantiram que a mulher também participava de atos sexuais.
Por sua vez, a defesa de Maxwell respondeu que não havia provas para condenar seu cliente e que ela havia se tornado um "bode expiatório" após a morte de Epstein, que cometeu suicídio em 2019 enquanto estava sob custódia e aguardava julgamento por crimes sexuais.
Maxwell foi presa no ano seguinte e está encarcerada desde então.
NOVA YORK