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Estado de Minas WASHINGTON

Ocidente acusa Rússia de escalada na fronteira com a Ucrânia


22/12/2021 20:59

As potências ocidentais voltaram a acusar a Rússia nesta quarta-feira (22) de prosseguir com a "escalada" na fronteira com a Ucrânia e se comprometeram a se mostrarem unidas no diálogo futuro com Moscou, previsto para começar em janeiro.

A Alemanha expressou "grande preocupação" um dia depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ameaçar com uma resposta "militar e técnica" se seus adversários ocidentais não colocarem fim à sua política.

A preocupação de Berlim se deve a que estas palavras precedam novos "movimentos de tropas" na fronteira com a Ucrânia, disse a ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, insistindo em que esta "grave crise" só poderá ser resolvida mediante o diálogo.

Consultado pela AFP sobre estas novas movimentações, o Departamento de Estado americano reiterou que Washington e seus aliados acompanham "de perto" a situação.

"A Rússia mantém a escalada e não parou de reforçar a presença militar" na fronteira, declarou à AFP um porta-voz da diplomacia americana.

Os ocidentais acusam Moscou de ter concentrado dezenas de milhares de soldados na fronteira com a Ucrânia a fim de preparar uma eventual invasão.

O Kremlin, ao contrário, avalia que ameaçadora é a atitude de Washington e da Otan, devido a seu apoio político e militar a Kiev.

"Qualquer nova agressão contra a Ucrânia acarretará graves consequências", alertou o porta-voz. Os americanos e seus aliados já tinham ameaçado com sanções sem precedentes.

"Exortamos com firmeza a Rússia para que inicie uma desescalada, retirando suas tropas das imediações da fronteira com a Ucrânia", acrescentou.

"Nosso objetivo é a desescalada através da diplomacia. Os Estados Unidos estão prontos para assumir a via diplomática em janeiro por meio de vários canais".

- "Linha de comunicação" -

Os dois blocos alternaram posições. Concordaram em estabelecer no começo de 2022 um diálogo que se realizaria ao mesmo tempo em nível bilateral entre os Estados Unidos e a Rússia no âmbito da Otan, e no nível da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), visto que tanto Moscou quanto Kiev são membros destas organizações.

"Foi acertado que no começo do ano que vem haja um contato bilateral entre os negociadores russos e americanos, uma primeira rodada", declarou o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, à emissora de TV russa RT.

Segundo ele, as discussões com a Otan ocorrerão "também em janeiro".

Na terça-feira, a diplomacia americana divulgou uma agenda similar.

"Há uma linha de comunicação e de contato diplomático que está aberta", "esperamos que isso continue", afirmou nesta quarta-feira à imprensa a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

Os chefes da diplomacia americana, Antony Blinken, e europeia, Josep Borrell, afirmaram nesta quarta, em conversa por telefone, que "qualquer discussão sobre segurança europeia" com a Rússia ocorrerá "em coordenação e com a participação da União Europeia", segundo um comunicado de Bruxelas.

O governo americano de Joe Biden já tinha dito que não vai abordar estes temas sem entrar em acordo com os europeus.

Na terça, Putin adotou um tom especialmente duro.

"No caso de que se mantenha essa postura, que claramente é muito agressiva de parte dos nossos colegas ocidentais, vamos adotar medidas militares e técnicas que sejam apropriadas", disse, durante uma reunião no Ministério da Defesa.

"O presidente Putin se dirige à sua opinião pública, que não são os Estados Unidos", comentou Jen Psaki nesta quarta-feira.

"A Otan é uma aliança defensiva. Não temos intenções agressivas em relação à Rússia", acrescentou a porta-voz da Casa Branca. "A retórica agressiva vem de um lado".


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