"A UE colaborará com os Estados Unidos e a Otan para garantir que seus interesses sejam representados durante qualquer possível discussão com a Rússia sobre a segurança europeia", declarou Borrell em um comunicado.
"Hoje, a segurança na Europa está ameaçada", acrescentou, referindo-se à crescente tensão nas últimas semanas devido às repetidas queixas sobre a presença de tropas russas na fronteira com a Ucrânia.
Durante uma conversa telefônica subsequente, Blinken e Borrell "também sublinharam a importância de usar os canais diplomáticos e os fóruns internacionais e regionais necessários, como a OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) para resolver esses desafios."
Ambos os representantes diplomáticos "indicaram a necessidade de uma ação coordenada para apoiar a soberania e integridade territorial da Ucrânia, e reafirmar que qualquer agressão militar russa contra a Ucrânia teria graves consequências" para a Rússia, de acordo com um comunicado do porta-voz do Blinken, Ned Price.
Por sua vez, o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, anunciou que as primeiras negociações Rússia-Estados Unidos e Rússia-Otan sobre as garantias de segurança exigidas por Moscou durante a crise na Ucrânia seriam em janeiro.
O Ocidente acusa Moscou de operações agressivas, uma vez que o exército russo enviou dezenas de milhares de soldados para sua fronteira com a Ucrânia, da qual a Rússia já anexou uma parte de seu território (Crimeia).
A Rússia apresentou dois projetos de tratado na semana passada, um com os Estados Unidos e outro com a Otan, nos quais resume suas exigências para uma redução das tensões.
Esses textos proíbem a expansão da Aliança Atlântica, integrando a Ucrânia em particular, e limitam a cooperação militar ocidental na Europa Oriental e países da ex-URSS, sem exigir medidas semelhantes da Rússia.
BRUXELAS