Conhecido como "ouro azul", o coltan é uma combinação de columbita e tantalita, usado na produção de baterias de celulares e outros equipamentos eletrônicos.
O mineral foi confiscado nos departamentos (estados) de Vichada, Guaviare e Guainía (sudeste), próximos à Venezuela, e tem um valor de mercado de mais de 8,7 milhões de dólares, segundo a entidade.
Segundo o relatório da promotoria, os responsáveis pelo tráfico ilegal seriam dissidentes que se afastaram do acordo de paz assinado em 2016 com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e rebeldes do ELN, a última guerrilha reconhecida no país.
A apreensão foi feita após seis meses de operações conjuntas entre polícia, militares e força aérea.
"Estes grupos armados, aparentemente, instrumentalizam as comunidades indígenas para extrair o mineral na parte média e alta do rio Inírida, na área de reserva florestal Puinawai e nos Parques Nacionais Naturais da Amazônia colombiana", informou a promotoria.
Um encarregado da instituição informou à AFP que a extração de coltan é realizada "em áreas baldias de parques naturais, onde é proibida a exploração de qualquer mineral" e em seguida "o retiram pelas mesmas rotas do narcotráfico".
A mineração ilegal, o narcotráfico e a extorsão financiam o prolongado conflito colombiano, no qual se enfrentam guerrilhas, paramilitares, narcotraficantes e agentes do Estado há mais de meio século.
Embora o país tenha assinado um acordo histórico que desarmou as Farc, as zonas remotas sofrem um repique da violência.
BOGOTÁ