"Mídia livre!", "Queremos o veto!", gritavam os manifestantes, agitando bandeiras da União Europeia e pedindo ao presidente Andrzej Duda que não sancionasse a lei.
"Precisamos de liberdade de expressão", disse Emilia Zlotinska, de 38 anos. "Gostaria que o presidente não assinasse (a norma)", acrescentou.
Jornalistas e figuras da oposição, como o ex-presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, se dirigiram à multidão.
"Estamos aqui hoje em defesa da imprensa livre. Quando nos unirmos em solidariedade, vamos vencer. Juntos, vamos varrer este governo", declarou Tusk, que agora lidera o partido Plataforma Cívica.
Houve protestos semelhantes em toda a Polônia.
Na sexta-feira, o Parlamento polonês aprovou de surpresa a polêmica lei. De acordo com a oposição, sua aprovação ocorreu sob violação das regras parlamentares e do direito.
A medida visa impedir que empresas que não pertencem ao Espaço Econômico Europeu tenham uma participação majoritária em conglomerados de mídia poloneses.
Isso poderia forçar o grupo americano Discovery a vender a maior parte de suas participações na rede de televisão privada TVN24, crítica ao poder.
O governo argumenta que a lei protegerá o cenário midiático de atores potencialmente hostis como a Rússia.
Em vez disso, os Estados Unidos disseram estar "profundamente preocupados" com o texto e alertaram sobre seu potencial impacto na liberdade de imprensa. Também pediram ao presidente Duda que vetasse a norma.
DISCOVERY COMMUNICATIONS
VARSÓVIA