O Senado alcançou o número chave de 50 votos para aprovar Burns em uma confirmação em curso, realizada depois de o senador Marco Rubio retirar suas objeções.
Durante sua audiência no Senado em outubro, Burns, que foi embaixador dos Estados Unidos na Grécia e na Otan, chamou a China de um "agressor" na região e prometeu "competir vigorosamente", enquanto busca cooperação em áreas como as mudanças climáticas.
Biden nomeou Burns em agosto, mais de um semestre depois de ter chegado à Casa Branca.
Rubio reteve a nomeação, acusando Burns de não ser forte, nem claro o suficiente sobre os acordos passados com a China.
Apesar do voto contrário, Rubio acabou permitindo a confirmação depois que longas negociações obtiveram o apoio bipartidário e a aprovação, mais cedo nesta quinta, de um ato para praticamente proibir todas as importações da região de Xinjiang, no nordeste da China, por preocupações com o trabalho forçado, expressas pela minoria uigur.
Os democratas argumentaram que os Estados Unidos precisam de um embaixador em Pequim para implementar a lei, e Burns tinha apoio amplo de outros republicanos após sua longa trajetória no governo.
O diplomata de 65 anos serviu como o número três do Departamento de Estado durante a presidência de George W. Bush e foi porta-voz do Departamento durante o mandato de Bill Clinton.
Burns se retirou do Serviço Estrangeiro em 2008, tornando-se professor da Universidade de Harvard.
Foi um crítico declarado de Donald Trump, a quem acusava de abandonar um consenso americano de longa data de defender os aliados dos Estados Unidos, incentivando a democracia e dando as boas-vindas aos imigrantes legais.
O embaixador de Trump na China, Terry Branstad, renunciou em outubro de 2020 para ajudar na campanha de reeleição do então presidente republicano contra Biden.
WASHINGTON