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Estado de Minas BRUXELAS

Cúpula da UE aposta em acelerar vacinação para lidar com ômicron


16/12/2021 23:51 - atualizado 16/12/2021 23:55

Os líderes da União Europeia (UE) destacaram nesta quinta-feira (16) a necessidade de acelerar a vacinação contra a covid-19 e tentam encontrar uma posição comum diante do aumento dos contágios e do avanço da variante ômicron, que já levou diversos países do bloco a aprovarem restrições de entrada de forma unilateral.

"A extensão da vacinação para todos e a aplicação de doses de reforço são cruciais e urgentes", informaram os dirigentes em suas conclusões após as discussões desta manhã.

As previsões da Comissão Europeia apontam que a nova variante, ainda mais contagiosa que as anteriores, será a dominante no continente em meados de janeiro.

"É uma batalha contra o relógio", declarou o primeiro-ministro grego, Kriakos Mitsokakis.

O continente apresenta boas taxas de vacinação comparativamente com outras partes do mundo, com 67% da população com o esquema vacinal completo.

Mas há países ainda atrasados. Nove dos 27 membros da União Europeia apresentam taxas inferiores aos 60% e Bulgária, Romênia e Eslováquia nem mesmo chegam aos 50%.

"Temos que acelerar o processo de vacinação com a terceira dose para nos proteger da variante", declarou o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, que lidera um dos países com a maior taxa de imunização na Europa.

- Restrições unilaterais -

A deterioração da situação sanitária no continente se tornou a prioridade da cúpula europeia, que também abordou as tensões entre Rússia e Ucrânia, o controle migratório após a crise em Belarus e o aumento de preços da energia, embora estes temas tenham ficado em segundo plano.

Devido à rápida propagação da ômicron no Reino Unido, a França proibirá a partir de sábado as viagens não essenciais procedentes de, ou para o Reino Unido, que não integra mais a UE.

O Reino Unido registrou nesta quinta-feira outro recorde de casos diários de covid-19 desde o início da pandemia, com mais de 88.000 casos, de acordo com dados oficiais.

A ômicron também provocou o retorno das restrições de mobilidade entre países da UE, algo que parecia no passado desde a adoção, em julho, do passaporte sanitário europeu que permitia aos vacinados viajarem sem a necessidade de testes, ou de quarentenas.

Itália, Irlanda, Portugal e Grécia intensificaram as restrições de entrada a partir de Estados-membros, com a exigência de testes de PCR mesmo para visitantes vacinados.

Apesar dessas decisões unilaterais, os líderes destacaram nesta quinta-feira a importância de uma "abordagem coordenada sobre a validade do passe da covid".

A Comissão se prepara para fixar em nove meses, após uma primeira pauta de vacinação completa, a validade do certificado para viagens dentro do bloco, segundo fontes europeias.

Os dirigentes europeus também expressaram o desejo de que as restrições "não alterem o bom funcionamento do mercado interno ou dificultem de forma desproporcional a liberdade de circulação".

"É preciso aumentar a cooperação entre Estados membros para sermos eficazes contra a covid", declarou Sánchez.

O presidente francês, Emmanuel Macron, indicou ao fim da cúpula que "não contemplam introduzir" o requisito de um teste negativo de covid para passageiros viajando dentro da UE, julgando que essa medida teria uma "eficácia muito reduzida".

De todo modo, o Centro Europeu para para a Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) advertiu que a vacinação "não é suficiente" para frear as transmissões e defendeu o retorno de medidas como o teletrabalho, o uso de máscara e a limitação da capacidade em espaços públicos.

- Rússia é pauta -

No que diz respeito às tensões entre a Rússia e a Ucrânia, a Comissão preparou um pacote de opções suplementares em caso de agressão militar por parte de Mascou.

"A Rússia deve acalmar as tensões (...) Estamos unidos para apoiar a soberania e integridade territorial da Ucrânia, qualquer ação agressiva terá um alto custo político e econômico", disse o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

O presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, estimou, no entanto, que o bloco não tem "ferramentas suficientes para pôr fim ao comportamento agressivo da Rússia".

A crise de energia e a alta dos preços também foram abordadas no encontro, mas sem acordos. França e Espanha pediram uma reforma do mercado europeu que muitos outros países não aceitam, dada a crise econômica.

"Lamentamos não ter chegado a um acordo, mas estamos abrindo o caminho", disse Sánchez no final da cúpula.

Por fim, no que se refere à questão da migração, que voltou a ganhar notoriedade devido à crise na fronteira com Belarus, os 27 países mostraram-se dispostos a limitar os fluxos migratórios estabelecendo "planos de ação" com os países de origem e de trânsito.


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