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Estado de Minas PANAMÁ

Panamá quer recuperar nos EUA dinheiro de propina de filhos do ex-presidente Martinelli


15/12/2021 21:40

O Panamá pediu aos Estados Unidos o dinheiro que os filhos do ex-presidente panamenho Ricardo Martinelli reconheceram ter recebido em propina da Odebrecht, por meio do sistema financeiro norte-americano, crime pelo qual são processados em Nova York.

De acordo com nota divulgada nesta quarta-feira (15) pelo Ministério Público (MP) do Panamá, a entidade entrou em contato com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos no dia 10 de dezembro para fazer o pedido.

O MP apresentou o Panamá como "vítima do crime" e solicitou a "restituição" do "dinheiro dos crimes" envolvendo Ricardo e Luis Enrique Martinelli Linares.

O Panamá também quer "qualquer soma equivalente aos bens ou produtos do crime que foram ou no futuro serão apreendidos como resultado do processo penal".

Na terça-feira, Ricardo Alberto Martinelli se confessou culpado em um tribunal de Nova York de acusações de conspiração para lavagem de dinheiro de suborno. Seu irmão, Luis Enrique, também se declarou culpado em 2 de dezembro.

Os irmãos admitiram a criação de "contas bancárias secretas em nome de empresas de fachada no exterior e nos Estados Unidos", informou o promotor Breon Peace em um comunicado na terça-feira.

Tudo isso para "ocultar cerca de US$ 30 milhões em pagamentos de propina da Odebrecht a um de seus parentes próximos, um funcionário público do alto escalão do Panamá".

"Ricardo e Luis Martinelli Linares desempenharam papéis essenciais no esquema de corrupção para canalizar os subornos da Odebrecht", acrescentou o Procurador-Geral Adjunto, Kenneth Polite.

A Odebrecht reconheceu ter pago propinas milionárias a dirigentes e partidos políticos da América Latina em troca de contratos públicos.

O próprio ex-presidente Martinelli (2009-2014) é investigado no escândalo da Odebrecht. Apesar disso, ele anunciou sua intenção de buscar a reeleição em 2024.

Em 2016, a Odebrecht e sua subsidiária petroquímica Braskem concordaram em pagar US$ 3,5 bilhões em multas após se declararem culpados na Justiça do Distrito Leste de Nova York.


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