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Estado de Minas BERLIM

Rússia ordenou homicídio de checheno em Berlim, diz Justiça alemã


15/12/2021 09:35

O assassinato de um exilado checheno em Berlim em 2019 foi ordenado pela Rússia - disse um juiz alemão na quarta-feira (15), ao ler o veredicto que condenou um cidadão russo à prisão perpétua por este crime.

"As autoridades russas deram ao acusado a ordem para liquidar a vítima", disse o presidente do tribunal, Olaf Arnoldi, após a condenação do réu russo Vadim Krasikov por ter matado um ex-líder separatista checheno de origem georgiana.

Krasikov foi considerado culpado de atirar e matar Tornike Kavtarashvili, de 40 anos, em um parque no centro de Berlim, em 23 de agosto de 2019. O assassinato de Kavtarashvili piorou as já tensas relações entre Alemanha e Rússia.

Moscou sempre negou qualquer envolvimento, mas a promotoria alemã já havia apontado claramente as autoridades russas.

"O acusado foi comandante de uma unidade especial dos serviços secretos russos FSB", afirmou o promotor Lars Malkies, em 7 de dezembro.

"Ele liquidou um opositor político em represália", acrescentou, referindo-se a "um ataque evidentemente preparado há muito tempo" e executado a "sangue frio".

Ex-líder separatista checheno, o georgiano lutou contra as forças russas entre 2000 e 2004. Morava com sua família na Alemanha desde 2016, onde havia pedido asilo. Seu assassino foi preso pouco depois.

Embora o Kremlin negue estar por trás desse assassinato, o presidente russo, Vladimir Putin, classificou a vítima como um "combatente muito cruel e sanguinário". Disse ter pedido sua extradição, que foi negada por Berlim.

Além deste homicídio, outros casos geraram fortes suspeitas sobre o papel dos serviços russos de segurança em operações violentas.

Um deles foi o envenenamento do principal opositor do Kremlin na atualidade, Alexei Navalny. Ele foi hospitalizado na capital alemã no verão de 2020, antes de ser preso na Rússia em seu retorno ao país. Outro caso foi o envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal no Reino Unido.

O envolvimento de Moscou nunca foi comprovado, e o Kremlin sempre negou qualquer responsabilidade por esses atos.


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