Durante uma semana, atores e diretores árabes e estrangeiros participaram do Festival Internacional de Cinema do Mar Vermelho, onde foram exibidos 138 filmes, entre longa-metragens e curtas, procedentes de 67 países.
O evento gerou críticas de ativistas que pediram um boicote e denunciaram uma instrumentalização da cultura para ocultar o histórico do país em relação ao respeito aos direitos humanos, especialmente após o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi em 2018.
No entanto, várias personalidades compareceram e se abstiveram de fazer comentários sobre os direitos humanos.
"Acredito que o país faz coisas importantes e (o festival) é uma delas", disse à AFP o ator britânico Ed Westick.
O músico e ator canadense Rob Raco se negou a fazer qualquer comentário além do tema do encontro.
"Acredito que agora eles estão tentando criar um futuro melhor, eu não acho que possa comentar o assunto, simplesmente dizer que é um momento incrível para este país", afirmou.
Nos últimos anos, várias reformas foram implementadas no país, como o levantamento da proibição de dirigir para as mulheres e a autorização de shows e outros eventos mistos, mas ainda há uma repressão contra qualquer dissidência.
A detenção de opositores, a rejeição à comunidade LGBTQIA+ e a grande quantidade de execuções são alvo de críticas dos defensores dos direitos humanos.
JIDÁ