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Estado de Minas GENEBRA

Suíça valida extradição de empresário russo aos Estados Unidos


13/12/2021 16:09

O Tribunal Penal Federal da Suíça rejeitou o recurso apresentado por um empresário russo contra sua extradição aos Estados Unidos por um delito envolvendo a divulgação de informações privilegiadas.

Em uma decisão de 16 de novembro e transmitida nesta segunda-feira (13) à AFP, o tribunal rechaçou a demanda de libertação apresentada por Vladislav Klyushin.

Segundo a mídia opositora da Rússia, Klyushin é muito próximo de um alto funcionário do Kremlin, Alexey Gromov, primeiro vice-chefe de gabinete da Administração Presidencial da Rússia.

Gromov, que também foi porta-voz do Kremlin entre 2000 e 2008, é responsável de meios de comunicação na administração presidencial.

Klyushin destacou em seu recurso que está sendo processado por "motivos políticos" e que esperava se beneficiar do fato de a Suíça não extraditar por crimes políticos. Porém, o tribunal assinalou que não tem dúvida da "independência da Justiça dos Estados Unidos".

Segundo o Escritório Federal de Justiça da Suíça, Klyushin é acusado nos Estados Unidos de enriquecimento ilícito em milhões de dólares através de negociações envolvendo informações privilegiadas com vários cúmplices. O empresário foi detido no cantão suíço de Valais, em março deste ano.

Klyushin, que dirige várias empresas segundo a imprensa russa, é proprietário do grupo M13, especializado na instalação de bases de dados e recursos cibernéticos.

Esse grupo criou o sistema "Katyucha" de monitoramento de mídia e redes sociais, oficialmente utilizado desde 2016 pela administração presidencial russa, e também por outros ministérios do país.

Em 7 de abril, a Suíça recebeu um pedido de extradição da própria Rússia, que o Escritório Federal de Justiça rejeitou meses depois.

A demanda russa foi seguida por outro pedido de extradição, dessa vez dos Estados Unidos, apresentado em 19 de abril.

Agora, o empresário não pode mais recorrer. No entanto, em casos particularmente importantes, a decisão pode ser contestada pelo Supremo Tribunal Federal da Suíça, se o mesmo considerar necessário.


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