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Estado de Minas MANÁGUA

Nicarágua recebe vacinas anticovid da China, sua nova aliada


12/12/2021 17:02

A Nicarágua recebeu neste domingo (12) 200.000 vacinas anticovid fornecidas pela China, sua nova aliança, três dias depois de Manágua romper relações com Taiwan e restituí-las com Pequim, sob críticas dos Estados Unidos.

Um avião da Air China que pousou em Manágua trouxe a delegação nicaraguense que viajou para formalizar as negociações com Pequim, liderada por Rafael e Laureano Ortega, filhos do presidente Daniel Ortega e sua esposa e vice-presidente Rosario Murillo, informam veículos oficiais.

A chegada de uma companhia aérea transatlântica não é usual na Nicarágua, que não tem voos diretos com outras regiões.

"Agradecemos profundamente este gesto de solidariedade, de cooperação, amizade e fraternidade do povo e do governo da República Popular da China", disse após sua chegada Laureano Ortega, assessor presidencial para os investimentos.

Ele antecipou que está prevista a chegada de outras 800.000 doses da farmacêutica Sinopharm nos próximos dias.

"É uma honra chegar à Nicarágua em um voo especial da Air China, que viajou cerca de 30 horas", disse, por sua vez, o representante da chancelaria chinesa, Yu Bo, que visita o país.

Este é o primeiro avião da Air China a pousar na Nicarágua desde que o governo de Ortega anunciou na quinta-feira passada a retomada de vínculos diplomáticos com o gigante asiático, suspensos em 1990, e sua ruptura com Taiwan, país que ajudou Manágua com empréstimos milionários não reembolsáveis.

Laureano Ortega disse que durante sua visita à China, conversou sobre possíveis projetos de cooperação e reuniu-se com autoridades de comércio e cooperação.

A surpreendente guinada diplomática ocorreu em meio à tensão crescente entre a China e os Estados Unidos por causa de Taiwan, uma ilha independente desde 1949 que Pequim reivindica como parte de seu território.

Também se dá após o endurecimento das sanções migratórias e econômicas de Washington contra funcionários do governo Ortega, reeleito em novembro para um quarto mandato consecutivo com a maioria de seus adversários presos.

"O regime Ortega-Murillo continua tomando decisões egoístas às custas do povo nicaraguense, que corre o risco de sofrer a perda de um parceiro democrático e confiável em Taiwan", disse recentemente o secretário de Estado adjunto dos Estados Unidos para o hemisfério ocidental, Brian Nichols.

As sanções internacionais ameaçam vetar a Manágua o acesso a novos créditos.


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