"O ano de 2022 será de recuperação definitiva do bolívar como moeda nacional", assegurou Rodríguez na apresentação do orçamento nacional no Parlamento, de maioria governista.
"O bolívar é e será o bastião da nossa soberania monetária" e dolarizar "seria o pior erro histórico que nossa República poderia cometer", acrescentou.
O dólar, proscrito por 15 anos na Venezuela, começou a circular livremente em 2019, quando o governo do presidente Nicolás Maduro se viu forçado a afrouxar os controles de câmbio e os preços dominantes na era chavista.
Maduro já descartou em outras ocasiões uma dolarização completa da economia, embora justifique o uso informal do dólar como uma "válvula de escape" frente ao "bloqueio econômico" de Washington, que impôs um embargo petroleiro para tentar forçá-lo a deixar o poder.
O dólar se tornou a referência de preços no país: de uma barra de chocolate ao aluguel de um apartamento. De fato, segundo a companhia Ecoanalítica, 65% das transações em centros urbanos são feitas em dólares.
Rodríguez, ao contrário, estimou que 80% das operações comerciais são feitas em bolívares.
O governo impulsionou em setembro a terceira reconversão monetária do bolívar desde 2008, que na ocasião eliminou seis zeros para facilitar as transações. No total, a moeda já perdeu 14.
A inflação venezuelana acumula 574,4% até outubro de 2021, segundo o Banco Central.
audima