Nada Homsi, freelance na rádio NPR, foi presa em 16 de novembro pelos serviços de segurança do Líbano após uma busca sem mandado em seu apartamento, afirmaram a Amnistia Internacional e a Human Rights Watch (HRW) em um comunicado conjunto.
Os serviços de segurança nacional não concederam à jornalista uma audiência com um advogado e ordenaram sua deportação, apesar de o procurador-geral solicitar sua libertação em 25 de novembro, segundo as ONGs.
"A recusa em libertar Homsi é um flagrante abuso de poder e um sinal muito preocupante da falta de respeito dos órgãos de segurança ao Estado de Direito", disse Aya Majzoub, da HRW no Líbano.
Os motivos da busca e prisão de Homsi não estão claros. Sua advogada, Diala Chehade, explicou que foi encontrada maconha em sua casa. A jornalista está detida por "razões de segurança" que não foram explicadas, afirmou a defensora.
Homsi foi acusada de uso de drogas, o que não necessariamente implica em pena de prisão se a pessoa concordar em receber tratamento, lembraram a Anistia e a HRW.
Jornalistas que trabalham no Líbano são cada vez mais atacados pelas autoridades que não hesitam em recorrer aos serviços de segurança e juízes para tentar silenciar as críticas, segundo grupos de direitos humanos.
Em 26 de novembro, o tribunal militar condenou Radwan Mortada, repórter do jornal árabe Al-Akhbar, a 13 meses de prisão por supostamente insultar o exército.
BEIRUTE