"O acesso a este projeto será gratuito e administrado pela AFP com total independência editorial, graças ao apoio financeiro da Google", afirmou nesta segunda-feira o presidente executivo da AFP, Fabrice Fries, durante uma conferência da Sciences-Po em Paris.
Este "programa de treinamento e colaboração destinado às redações na França" se apoiará "em uma aliança de veículos e de organizações de 'fact-checking' interessadas no combate à desinformação", segundo um comunicado das duas empresas.
O treinamento, que começará em meados de janeiro, dará lugar à criação de uma plataforma de discussão entre membros da aliança e a reuniões temáticas com especialistas.
O conteúdo da AFP sobre 'fact-checking' político será disponibilizado aos membros da aliança em seu site AFP Factuel e no canal do Youtube "AFP Fact Check".
Também haverá um programa de monitoramento e apoio às redações para a elaboração de checagens de informação, conteúdos que terão o slogan "Objectif Désinfox".
"A coalizão da mídia busca fortalecer as equipes de quem participa da luta contra a desinformação (...) para a eleição presidencial", declarou Fries no comunicado.
A Google, gigante americana da internet, treinou mais de 450.000 jornalistas no mundo (entre eles 4.200 na França) desde 2015, segundo o comunicado conjunto.
A AFP é a primeira rede de produção de checagens ('fact-checking') no mundo com mais de 120 jornalistas que trabalham em 24 línguas em 85 países.
Em 17 de novembro, Google e AFP alcançaram um acordo sobre a remuneração durante cinco anos dos conteúdos da agência internacional de notícias utilizados no motor de busca da Google na União Europeia (UE).
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