O tiroteio ocorreu no sábado (4) em Oting, no distrito de Mon, na fronteira com Mianmar.
"A situação em todo o distrito de Mon está muito tensa agora. Temos 13 mortes confirmadas", disse Sandeep M. Tamgadge, da polícia de Nagaland.
Segundo o policial, seis trabalhadores foram mortos no caminhão que estavam a caminho de casa na aldeia de Oting, em uma emboscada das forças de segurança que acreditavam que o grupo tinha ligação com insurgentes na região.
Os familiares das vítimas, que foram procurá-los, descobriram os corpos e dirigiram-se às forças de segurança para pedir esclarecimentos.
"Foi então que estourou um confronto entre os dois lados e os membros das forças de segurança abriram fogo, matando outras sete pessoas", explicou o responsável da polícia.
Em um comunicado, o exército indiano disse que a emboscada foi armada com base em "informações confiáveis" indicando a presença de um grupo armado rebelde na área.
Um membro das forças de segurança também foi morto e vários outros ficaram feridos no incidente, explicou.
"A causa desta lamentável perda de vidas humanas está sendo investigada ao mais alto nível e as medidas apropriadas serão tomadas de acordo com a lei", de acordo com um comunicado do exército.
A declaração não especifica se os autores dos disparos faziam parte do exército indiano ou de outra força polícia ou paramilitar.
O primeiro-ministro de Nagaland, Neiphiu Rio, pediu calma e também anunciou uma investigação sobre o incidente "altamente condenável".
E o ministro do Interior indiano, Amit Shah, prometeu "trazer justiça às famílias enlutadas".
Nagaland e outros estados no extremo leste da Índia, uma região ligada ao resto do país por um estreito corredor entre Bangladesh e o Nepal, foram durante décadas palco de distúrbios promovidos por várias guerrilhas separatistas e autonomistas, bem como por tribos e grupos armados.
A insurgência diminuiu nos últimos anos, pois muitos grupos selaram acordos de paz com Nova Délhi, mas uma grande guarnição indiana permanece estacionada na área.
NOVA DÉLHI